
O governador do Amapá Waldez Góes (PDT) foi anunciado nesta quinta-feira (29/12) como ministro da Integração Nacional e Desenvolvimento Regional (MDR) pelo presidente diplomado Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Goés comandará a pasta que controla a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), cobiçada pelo centrão.
Aliado do senador Davi Alcolumbre (União Brasil), o parlamentar articulou dentro do partido para que o governador fosse o indicado da sigla para o ministério. Ele deverá deixar o PDT em breve e migrar para o União Brasil.
A bancada do partido na Câmara preferia o deputado federal Elmar Nascimento para o posto, mas o seu nome foi vetado pelo PT baiano. Nascimento, além de próximo do presidente da Câmara, Arthur Lira, é nome forte do União Brasil na Bahia e oposição ao PT no estado. Durante o segundo turno da campanha, chegou a dizer que no entorno de Lula só havia “condenado ou ex-presidiário”. Depois das eleições, ele foi o relator da PEC da Transição na Câmara, abrindo o caminho para a ampliação do teto de gastos por um ano.
Trajetória política de Waldez Góes
Antônio Waldez Góes da Silva nasceu no município Gurupá, no estado do Pará, em 1961. O governador é um técnico agrícola e formado em Políticas Públicas pela Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Góes se filiou ao PDT em 1989. Um ano depois se elegeu deputado estadual e foi reeleito quatro anos depois.
Em 2002, se elegeu pela primeira vez ao governo do Amapá e foi reeleito em 2006. Ele deixou o cargo em 2010 para concorrer a uma vaga no Senado, mas perdeu a disputa para Gilvam Borges (MDB) e Randolfe Rodrigues (Rede). Em 2014, o político foi eleito pela terceira vez para o governo estadual e foi reeleito para um quarto mandato em 2018.