
A Secretaria Especial de Comunicação Social (Secom) do próximo governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) será chefiada pelo deputado Paulo Pimenta (PT-RS).
Na estrutura pensada para o governo Lula 3, a Secom será uma secretaria com status de ministério, ao lado da Secretaria de Relações Institucionais (SRI) e da Secretaria-Geral (SG). As duas últimas serão capitaneadas, respectivamente, por Alexandre Padilha (PT-SP) e Márcio Macêdo (PT-SE).
Pimenta, último do trio petista das secretarias do Palácio do Planalto a ser anunciado, é jornalista de formação. Ele graduou-se pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), onde iniciou sua trajetória política. Lá, ele assumiu a presidência do DCE e foi vice-presidente da União Estadual de Estudantes.
Em 1988, foi eleito vereador em Santa Maria, tendo sido reconduzido em 1992. Chegou à Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul em 1998 e, quatro anos depois, à Câmara dos Deputados. Foi reeleito em 2006, 2010, 2014, 2018 e 2022, com o maior número de votos para um candidato do PT no estado desde 2010.
Pimenta é critico da atuação da imprensa brasileira. Em 2021, durante o aquecimento para as eleições deste ano, o deputado argumentou que os jornais não ofereciam espaço ao ex-presidente Lula. “Não encontro esse parâmetro em nenhum lugar do mundo, um pré-candidato que lidera todas as pesquisas, em todos os cenários de 1º e 2º turno, mas simplesmente não é ouvido pelas TVs abertas, canais a cabo, jornais e revistas,” disse.
No Twitter, o parlamentar culpou a imprensa pela eleição do presidente Jair Bolsonaro em 2018. “O Brasil paga um preço caríssimo pela covardia do consórcio golpista”. “Jamais existiria Bolsonaro sem a cumplicidade da mídia corporativa e de setores do poder judiciário com o golpe!!”
O Brasil paga um preço caríssimo pela covardia do consórcio golpista que se aliou a Lava Jato para afastar @dilmabr e impedir @LulaOficial de ser candidato em 2018. Jamais existiria Bolsonaro sem a cumplicidade da mídia corporativa e de setores do poder judiciário com o golpe !!
— Paulo Pimenta (@DeputadoFederal) May 2, 2022
Ele também divulgou uma teoria da conspiração sobre a facada recebida pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) durante a campanha de 2018, referindo-se ao ataque como “fakeada”. Em uma publicação deste ano, Pimenta disse que Bolsonaro tentava “aplicar uma espécie de Plano Cohen Tabajara. Ele ressucita (sic) a Fakeada para tentar um último suspiro diante da derrota iminente.”