
Deputado federal em fim de mandato, Márcio Macêdo, 52 anos, foi o escolhido do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para comandar a Secretaria-Geral da Presidência, um ministério importante pela proximidade com o chefe do Executivo federal. O indicado despacha dentro do Palácio do Planalto e influencia, por exemplo, na agenda do presidente. Na função, é preciso ter boa interlocução com a sociedade civil e os partidos da base, com o objetivo de dialogar e diminuir eventuais tensões.
Foi deputado federal de 2011 a 2015. Era suplente, quando, em abril de 2022, tomou posse para um novo mandato depois que o deputado federal bolsonarista Valdevan Noventa (PL-SE) foi cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por abuso de poder econômico na eleição de 2018 e compra de votos.
Macêdo, porém, foi pego de surpresa em junho deste ano por uma decisão do ministro Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal, que o tirou do cargo. Nunes Marques, indicado pelo presidente Jair Bolsonaro ao STF, devolveu o mandato a Valdevan. Depois, após pedido do PT, a 2ª Turma do Supremo cassou a liminar de Nunes Marques, e o petista retornou à Câmara.
De 2015 a 2020, Macêdo foi tesoureiro do PT e, atualmente, é um dos vice-presidentes nacionais da sigla. Na Câmara, foi vice-líder da bancada petista. Atuou ainda como presidente dos Diretórios Municipal de Aracaju e Estadual de Sergipe.
Começou como presidente de Diretório Central dos Estudantes, no início dos anos 1990. Biólogo formado pela Universidade Federal de Sergipe, foi professor da rede estadual, além de secretário de Participação Popular da Prefeitura de Aracaju, de 2002 a 2003. Foi ainda superintendente do Ibama no estado de 2003 a 2006 e secretário do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos de 2007 a 2010, na gestão do então governador Marcelo Déda (PT).