
Ana Moser foi escolhida pelo presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para liderar o Ministério do Esporte a partir de 2023. Ponteira da geração que trouxe a primeira medalha olímpica do vôlei feminino ao Brasil, em 1996, ela se tornou empreendedora social ao deixar as quadras.
Ela integrou o grupo de trabalho do Esporte na equipe de transição. Durante as eleições, ela fez campanha pelo presidente eleito.
Fundado por ela em 2001, Instituto Esporte & Educação usa a prática esportiva como ferramenta para ensino sobre diversidade, inclusão e coletividade, com o objetivo de formar crianças e adolescentes periféricos para terem autonomia. O projeto também treina profissionais de educação física a transmitir essas habilidades.
“O esporte tem condição de impactar positivamente na educação, na saúde, na ocupação dos espaços públicos, na diminuição da violência. A primeira luta é trazer o esporte integrado a essas áreas”, disse em entrevista ao UOL durante a transição.
Ela defendeu a política do Bolsa Atleta para financiar esportistas de modalidades com baixa visibilidade e de diferentes níveis, mas destacou que esses recursos ficam restritos à pequena parcela da população.
“O que precisamos pensar em políticas públicas de esporte para o restante. O Ministério do Esporte não tem recursos para isso, mas áreas como educação e saúde, tem; as políticas são as mesmas”, afirmou.
Moser jogou pela seleção brasileira por cerca de uma década, tendo participado de três Jogos Olímpicos.