Carolina Unzelte

O Instituto Paraná Pesquisas processou o <a href="https://www.jota.info/eleicoes/ex-coach-influenciador-e-azarao-quem-e-pablo-marcal-candidato-a-prefeitura-de-sao-paulo">candidato à Prefeitura de São Paulo Pablo Marçal (PRTB-SP)</a> por, em um vídeo da campanha, ter sugerido que outros candidatos teriam encomendado resultados de pesquisas feitas pelo grupo. O processo foi protocolado na Justiça Estadual paulista na última quarta-feira (28/8), e o instituto pede R$ 100 mil em indenização. 
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O vídeo em questão foi publicado por Marçal nas redes sociais em 20 de agosto. Nele, atores com máscaras de seus adversários na corrida eleitoral tentam defender um “sistema”. Ao final do vídeo, há a implicação de que o Instituto Paraná Pesquisas estaria colaborando com o grupo, fornecendo pesquisas falsas, em uma estratégia para impedir a eleição de Marçal. 
“Os participantes [...] sugerem que “está tudo bem”, pois já falaram com o pessoal de pesquisas do “Paraná”, para combinar o resultado da próxima pesquisa eleitoral”, diz a petição inicial, assinada pelo escritório Seleme Advogados. “Ao contrário do que falsamente divulgou o REQUERIDO, a PARANÁ PESQUISAS nunca forjou ou manipulou quaisquer uma de suas pesquisas eleitorais realizadas, em qualquer período eleitoral, e inexistem provas em sentido contrário.”
 O Instituto Paraná Pesquisas afirma também na petição que “apesar de não terem honra subjetiva, as pessoas jurídicas gozam de honra objetiva e, portanto, podem sofrer dano moral, cuja reparação pode ser buscada em juízo”. 
Na inicial, o instituto argumenta que as pesquisas eleitorais são realizadas por amostragem, método em que é delimitada uma quantidade de entrevistados que seja representativa da população a ser pesquisada. Essa seleção, chamada de amostragem aleatória estratificada, considera parâmetros geográficos e etários, bem como de gênero, etnia e renda. Desta forma, afirmam os advogados, a pesquisa respeita as proporções do eleitorado real, sendo aleatória e afastando riscos de viés.
O vídeo não está mais disponível nas redes sociais de Marçal depois que <a href="https://www.jota.info/eleicoes/suspensao-das-redes-de-pablo-marcal-veja-as-integras-das-decisoes-e-da-acao-29082024">uma decisão da  1ª Zona Eleitoral de São Paulo determinou a suspensão de seus perfis</a>, atendendo a um pedido de Tábata Amaral (PSB-SP). No entanto, ainda está disponível no canal do YouTube. Assim, para o cálculo do pedido de indenização de R$ 100 mil, o instituto considera dano causado pela exposição até o momento da petição. Além disso, menciona a declaração de Marçal à Justiça Eleitoral de fortuna de R$ 169 milhões. 
A última pesquisa de intenção de votos para a Prefeitura de São Paulo divulgada pelo instituto na última sexta-feira (23/8) aponta empate técnico entre o atual prefeito Ricardo Nunes (MDB), com 24,1%, e Guilherme Boulos (PSOL), com 21,9%. Pablo Marçal aparece em terceiro, com 17,9% – com um salto em relação ao levantamento anterior, em que tinha 12,5% das intenções de voto. O quarto lugar ficou com José Luiz Datena (PSDB), com 13,2%, e Tábata Amaral (PSB) vem em seguida, com 7,3%.
O processo tramita sob o número 11393028120248260100.

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JOTA

Instituto acusa o candidato pelo PRTB de divulgar informações falsas e trazer danos à imagem da organização


Eleições 2024: Paraná Pesquisas processa Pablo Marçal em R$ 100 mil por danos morais

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