Para 55% dos eleitores de Jair Bolsonaro (PL) e 39% dos eleitores de Lula (PT), a imunidade tributária a igrejas deveria ser mantida, segundo pesquisa do Nosso Papo Reto, iniciativa do JOTA e do Instituto Brasileiro de Pesquisa e Análise de Dados (IBPAD).
No Brasil, as igrejas e todos os tipos de templos religiosos não pagam impostos, como IPTU e imposto de renda, pois estão entre as instituições que possuem imunidade tributária prevista pela Constituição.
Atualmente, as entidades religiosas precisam recolher apenas as contribuições previdenciárias dos funcionários. Antes de 2021, deviam pagar também a Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL).
Entre os eleitores de Lula, há mais discordância sobre a isenção tributária: 46% – outros 15% não souberam opinar. Já entre quem prefere Bolsonaro, 38% se disseram contrários à situação atual. Assim, a divisão entre aqueles que concordam e os que discordam da imunidade tributária é relativamente equilibrada.
A proporção de pessoas que concordam é menor no grupo que prefere Ciro Gomes (PDT), de 29%; e Simone Tebet (MDB), 31%.
Os resultados da pesquisa, que ouviu 5 mil pessoas, deram origem a um quiz em que os participantes são convidados a tentar adivinhar como pensam os apoiadores de outros grupos políticos sobre temas relevantes da agenda nacional. Ao fim, há uma comparação entre a expectativa de resposta e o que o outro grupo respondeu.
O site Nosso Papo Reto demonstra que o diálogo entre pessoas que votam em candidatos de polos opostos ou têm opiniões distintas é possível – e, mais do que isso, recomendável. A iniciativa teve patrocínio do YouTube.