
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, não comparecerá à posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) neste domingo (1/1) em Brasília. O país vizinho será representado pelo presidente da Assembleia Nacional, Jorge Rodriguez, segundo informações de O Globo.
A presença do líder chavista era esperada após o governo do presidente Jair Bolsonaro (PL) revogar uma portaria de 2019 que impedia o ingresso de altos funcionários do regime venezuelano no Brasil.
O ato administrativo mencionava ações que “contrariam princípios e objetivos da Constituição Federal, atentando contra a democracia, a dignidade da pessoa humana e a prevalência dos direitos humanos”. A medida foi assinada pelo então ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, e pelo ex-ministro das Relações Exteriores Ernesto Araújo.
O comparecimento de Maduro enfrentou outras dificuldades. O Itamaraty enviou convites apenas aos países com os quais o Brasil possui relação diplomática, que também foi cortada pela gestão de Jair Bolsonaro.
No mês passado, o futuro ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, afirmou que o presidente Lula decidiu reabrir a embaixada do Brasil no país vizinho.
“Com relação à Venezuela, o presidente Lula me instruiu que reestabelecêssemos as relações, o que faremos a partir do dia 1º, enviando, num primeiro momento, com um encarregado de negócios para retomar os prédios que temos lá, residências, chancelaria, reabrir a embaixada e, posteriormente, indicar um embaixador junto ao governo venezuelano”, disse o futuro chanceler, afirmando que o reconhecimento é do governo do presidente Nicolás Maduro.