
A pesquisa Genial/Quaest divulgada na manhã desta quarta-feira (6/7) mostra um cenário de estabilidade no quadro nacional das eleições de 2022. Após ouvir presencialmente 2.000 pessoas entre os dias 29 de junho e 1º de julho, o levantamento concluiu que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) possui 45% das intenções de voto no primeiro turno, um a menos do que no mês passado, enquanto que o presidente Jair Bolsonaro (PL) marcou 31%, um ponto a mais em comparação com o último mês. Portanto, ambos oscilaram dentro da margem de erro — que é de dois pontos percentuais, para cima ou para baixo.
Os demais candidatos somaram 12% — Ciro Gomes (PDT) oscilou de 7% para 6%, André Janones (Avante) e Simone Tebet (MDB) se mantiveram com 2%, Pablo Marçal (PROS) permaneceu com 1% e os demais não pontuaram.
Em um eventual segundo turno, Lula teria 53% dos votos contra 34% de Bolsonaro — dados similares aos de junho, quando o placar era de 54% a 32% para o petista.
Apesar dessa aparente estabilidade, a Genial/Quaest afirma que alguns números indicam a recuperação de Bolsonaro. Entre as mulheres, por exemplo, Lula marca 46% contra 27% de Bolsonaro, mas um mês antes o placar era de 50% a 22% para o petista. No Nordeste, Lula venceria por 59% a 22% se as eleições fossem hoje, mas essa diferença era de 68% a 15% no mês anterior. No Sudeste, Lula caiu de 43% para 38% das intenções de voto, enquanto que Bolsonaro subiu de 30% para 33%.
Por outro lado, Lula subiu de 24% para 39% no Centro-Oeste em um mês, enquanto que Bolsonaro caiu de 44% para 35%. No Norte foi observada a mesma tendência, com Lula subindo de 40% para 48%, ao mesmo tempo que o atual presidente caiu de 44% para 32%.
Eleitores “nem nem”
A pesquisa Genial/Quaest também mostra que, entre os eleitores que não querem nem Lula nem Bolsonaro — os chamados “nem nem” —, 70% podem mudar de opinião caso algo aconteça, enquanto que 27% dizem que a decisão de não votar em nenhum deles é definitiva.
Dentro desse grupo dos “nem nem”, 27% admitem que poderiam votar em Bolsonaro por conta da redução do ICMS dos combustíveis e 26% por conta do subsídio a caminhoneiros. Por outro lado, só cerca de 10% se sentem inclinados a votar em Bolsonaro por conta do aumento do Auxílio Brasil, uma das apostas do governo — que quer aumentar em 200 reais o valor do benefício após a aprovação pelo Congresso da PEC prevendo mais recursos em programas sociais.
A economia segue sendo vista pela maioria dos eleitores (44%) como o principal problema. A avaliação negativa do governo ficou em 47%, mesmo patamar entre junho e julho, enquanto que a positiva oscilou de 25% para 26% e a regular caiu de 26% para 25%.
Os números de rejeição também permaneceram estáveis para os principais candidatos: Bolsonaro oscila na casa dos 60%, enquanto a de Lula fica na casa dos 40%.