

Depois da subida de tom do PT, que voltou a falar em revogar a reforma trabalhista, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva acaba de dizer em discurso para sindicalistas, nesta quinta-feira (14/4), que não vai fazer “nada na marra” e ainda sinalizou que seu vice-presidente (Geraldo Alckmin) na chapa poderá ser a pessoa que vai tocar uma mesa de negociação envolvendo trabalhadores e empresários.
“Nós vamos criar uma mesa de negociação, que pode ser coordenada pelo vice-presidente, que vai ter líder sindicais e empresários. A gente não vai fazer nada na marra, vai fazer negociando, com a permissão deles”, disse.
Lula, que é pré-candidato à Presidência, disse que é preciso fazer com que os trabalhadores de aplicativos sejam tratados “de forma mais respeitosa” e citou o exemplo da Prefeitura de Araraquara. Segundo ele, não cabe falar em voltar às regras trabalhistas de 1943, mas é preciso um acordo para proteger os trabalhadores em meio à realidade atual. Ele voltou a citar o exemplo da contrarreforma feita na Espanha. “No Brasil, não adianta dizer que vamos acabar tudo e voltar como antes. Nós nem queremos que volte a ser como antes”, disse.
Lula também enfatizou que pretende dar aumentos reais no salário mínimo, política implementada durante seus governos.