
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou nesta quinta-feira (22/12) nomes de mais 16 futuros ministros, incluindo seu vice, Geraldo Alckmin, que ficará no comando da Pasta de Indústria e Comércio. Até agora, Lula confirmou os nomes de 21 futuros ministros.
Os anunciados hoje foram: Alexandre Padilha (Relações Institucionais), Marcio Macedo (Secretaria-Geral da Presidência), Jorge Messias (Advocacia-Geral da União), Nísia Trindade (Saúde), Camilo Santana (Educação), Esther Dweck (Gestão), Márcio França (Portos e Aeroportos), Luciana Santos (Ciência e Tecnologia), Cida Gonçalves (Mulher), Wellington Dias (Desenvolvimento Social), Margareth Menezes (Cultura), Luiz Marinho (Trabalho), Anielle Franco (Igualdade Racial), Silvio Almeida (Direitos Humanos), Geraldo Alckmin (Indústria e Comércio) e Vinícius de Carvalho (Controladoria-Geral da União).
Ficou faltando ainda o anúncio de 16 ministros – serão 37 ministros no total. Lula disse que, na próxima segunda (26/12) ou terça-feira (27/12), deve apresentar o restante dos nomes da Esplanada.
Falando para a equipe que participou da transição, Lula disse: “Quem tem expectativa, não perca a expectativa, porque tudo pode acontecer nos próximos dias. Vamos ter novidades, novidades do bem”.
Os primeiros nomes de futuros ministros anunciados em 9 de dezembro: Fernando Haddad (Fazenda), Rui Costa (Casa Civil), Flávio Dino (Justiça), José Múcio Monteiro(Defesa) e Mauro Vieira (Relações Exteriores).
Lula agradeceu aos presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), aos presidentes dos partidos e aos parlamentares a aprovação da PEC da Transição, promulgada nesta quarta-feira (21/12). A proposta amplia o teto de gastos em R$ 145 bilhões em 2023 e exclui do teto R$ 23 bilhões em investimentos, com prazo de um ano.
O presidente eleito lembrou que muitos partidos que não o apoiam votaram em favor da PEC, numa demonstração de compromisso com o povo mais pobre. Disse ainda que foi a primeira vez que um presidente eleito começou a governar antes de entrar. E teceu críticas ao presidente Jair Bolsonaro: “O presidente preferia contar mentiras no cercadinho do que governar esse país”.
Relatório final da transição
O presidente eleito Lula recebeu o relatório final do Gabinete de Transição com 100 páginas, apontando um mapeamento de áreas do governo Bolsonaro. “Não pretendo fazer pirotecnia com esse material. Não pretendo fazer um show, um escândalo”, disse.
Segundo ele, o documento é “para a população saber das coisas que não foram feitas” na gestão Bolsonaro. “Vamos entregar esse relatório para cada deputado e senador que sair e entrar. É importante que eles comecem a trabalhar sabendo o Brasil que vão pegar”, afirmou.