Felipe Betim

<p>O atual prefeito de <a href="https://www.jota.info/tudo-sobre/maceio">Maceió</a>, João Henrique Holanda Caldas, mais conhecido como <a href="https://www.jota.info/tudo-sobre/jhc">JHC</a> (PL), foi reeleito neste domingo (6/10), no primeiro turno das <a href="https://www.jota.info/tudo-sobre/eleicoes-2024">eleições municipais 2024</a>, com 83,25% dos votos válidos.</p>
<p>Candidato apoiado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP), JHC confirmou o favoritismo registrado nas pesquisas de opinião, que apontavam ele como vencedor da disputa já no primeiro turno. <a href="https://www.jota.info/eleicoes/ao-vivo-eleicoes-2024-apuracao-resultados-noticias-das-principais-cidades">Acompanhe a cobertura ao vivo do resultado das eleições 2024 no JOTA</a>.</p>
<p>Em segundo lugar ficou seu principal adversário, o deputado federal Rafael Brito (MDB), apoiado pelo governador Paulo Dantas (MDB), a família Calheiros e o presidente Luiz Inácio da Silva (PT), com 12,74% dos votos válidos.</p>
<p>Graduado em Direito, JHC, de 36 anos, trabalhou como advogado antes de se lançar na política institucional. Mas sua vida profissional durou pouco: já em 2010, aos 23 anos, foi eleito deputado estadual. No pleito seguinte, em 2014, chegou à Câmara dos Deputados. Em 2018, foi reeleito para um segundo mandato como deputado federal.</p>
<p>Na metade de seu segundo mandato, porém, se licenciou para tentar a prefeitura. Na ocasião, ainda estava filiado no PSB. Uma vez eleito em 2020, se aproximou do então presidente Bolsonaro e se filiou ao PL.</p>
<p>A disputa em Maceió refletiu outras duas ainda maiores. Em primeiro lugar, a rivalidade entre os dois principais partidos do estado, comandados pelas duas famílias mais influentes de Alagoas atualmente: o MDB alagoano, controlado pelo clã Calheiros, que tem o senador Renan Calheiros e o ministro dos Transportes, Renan Filho, como principais nomes; e o PP alagoano, comandado pela família Lira, do presidente da Câmara Arthur Lira e seu pai, o ex-senador Benedito de Lira, o Biu, atual prefeito de Barra de São Miguel (28 quilômetros de Maceió).</p>
<p>Os dois grupos são inimigos políticos há mais de uma década e levaram a disputa local para a nacional. A família Calheiros e o MDB alagoano têm o domínio do estado, governado pelo emedebista Paulo Dantas, que sucedeu uma administração bem avaliada de Renan Filho. Até estas eleições municipais, o partido controlava 63 municípios, contra 27 do PP de Lira, e tinha a meta de chegar a 80.</p>
<p>Maceió era um dos principais obstáculos. Única capital do Nordeste em que Bolsonaro venceu Lula, por 57% a 43% no segundo turno, a contenda também refletia, além da rivalidade entre os Lira e Calheiros, a disputa política nacional. Para derrotar JHC, o emedebista Rafael Brito buscou nacionalizar a campanha: atraiu o PT para a sua chapa, usou a imagem do presidente Lula em suas peças publicitárias e atacou Lira e Bolsonaro.</p>
<p>Também apostou na transferência de votos de seus principais fiadores políticos, o atual governador Paulo Dantas e o atual ministro Renan Filho, além de ter pregado — em vão — a possibilidade de integração entre os governos federal e estadual com a prefeitura, caso fosse eleito.</p>
<p>Por outro lado, confiante na vitória e em seus altos índices de popularidade, JHC não acolheu a indicação de Lira para o posto de vice, escolhendo o senador Rodrigo Cunha (Podemos) como companheiro de chapa. A expectativa é de que, em 2026, deixe a prefeitura com o aliado para disputar o governo do estado.</p>
<p>Enquanto seu adversário se apoiava na polarização nacional, JHC tornou Bolsonaro um coadjuvante em sua campanha. Afirmou que a eleição era para a prefeitura de Maceió, e sequer ressaltou o apoio do ex-presidente. A julgar pelo alto índice de apoio no primeiro turno — 83,26% dos votos válidos —, a estratégia parece ter funcionado: JHC se consagrou vencedor com votos de lulistas e bolsonaristas.</p>
<h3>Resultado das eleições 2024 para prefeito em Maceió (AL)</h3>
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JHC reeleito prefeit em Maceió

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JOTA

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