Márcio Falcão

A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou pedido do PT para que o candidato à Presidência pelo PSL, Jair Bolsonaro, prestasse esclarecimentos sobre declarações a respeito de possível fraude nas urnas eletrônicas.
A ministra entendeu que como não há dúvida sobre a questão não cabe a interpelação judicial. “Como se comprova dos termos da petição inicial, as afirmações proferidas e que são descritas pelo interpelante com clareza dele retiram o interesse processual de verificar judicialmente o significado das manifestações feitas pelo Interpelado”, escreveu.
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“Pela finalidade de se ter o esclarecimento de algo feito ou dito, que é próprio da interpelação judicial proposta, não pode ela ser requeridaquando não há dubiedade, equivocidade ou ambiguidade quanto ao objeto interpelado. Reitere-se: a singeleza e ausência de dúvida ou obscuridade do dito pelo Interpelado patenteia-se na peça inicial mesma, na qual se descreve, com objetividade e clareza, o objeto do que teria sido a manifestação questionada”, completou.
No último domingo (16), em transmissão ao vivo pelas redes sociais a partir do hospital onde está internado em São Paulo, Bolsonaro afirmou que a possibilidade de perder a eleição "na fraude" para o candidato do PT, Fernando Haddad, é "concreta".
"O PT descobriu o caminho para o poder, o voto eletrônico", declarou o presidenciável. Segundo ele, a fraude seria um "plano B" para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que está preso desde abril em Curitiba, onde começou a cumprir pena em razão de condenação da Lava Jato, no caso do triplex do Guarujá.

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JOTA

A ministra disse que não há dúvidas sobre teor da fala e que, portanto, não cabe atuação judicial no caso

Cármen nega pedido do PT para ouvir Bolsonaro sobre suspeita quanto a urnas

A ministra Cármen Lúcia negou pedido do PT para que o candidato Jair Bolsonaro prestasse esclarecimentos sobre possível fraude nas urnas eletrônicas.