ESG

Agenda ESG é um caminho sem volta

Incentivar a cultura ambiental, social e de governança será um fator decisivo de sucesso para investidores e clientes

Meio ambiente cop26 neutralidade climática
Árvore / Crédito: Unsplash

A sigla ESG (Environmental, Social and Governance) nunca esteve tão em alta entre empresas e organizações como fator de tomadas de decisões de investimento. Se havia dúvidas de que o tema deveria ser levado a sério na agenda de grandes gestores, a chegada da pandemia tratou logo de impulsionar o debate. O período turbulento, com novas incertezas e desafios, transformou as práticas da sigla em um decisivo termômetro de consciência coletiva capaz de impactar funcionários, clientes, acionistas e a opinião pública.

No último mês de outubro, um estudo da Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (Aberje) apontou que 95% das empresas brasileiras consideram o tema ESG como prioridade em suas agendas corporativas. Dentre as organizações que responderam à pesquisa, 58% afirmaram que a pandemia as fizeram acreditar mais fortemente que tornar-se sustentável é importante.

Outro levantamento recente, dessa vez da PwC, mostrou que atitudes de sustentabilidade das companhias com ações em bolsa são decisivas para os principais investidores do mundo. Quase a metade dos 325 gestores de ativos e analistas de bancos, corretoras e empresas de investimentos que responderam à pesquisa admitiram que estariam dispostos a vender os papéis das empresas que não demonstrarem ações concretas com foco em ESG.

Em 2004, quando a ONU (Organização das Nações Unidas) apresentou a sigla em parceria com instituições financeiras de diversos países, a Paper Excellence já desenvolvia ações para conciliar o crescimento de seus negócios com princípios de sustentabilidade e proteção ambiental. Ciente dos impactos da produção de papel e celulose para a segurança de rios, nascentes, florestas, solo e fauna, era fundamental apresentar o setor como inovador, consciente e resiliente, e incumbir-se do compromisso de ser parte da solução, não do problema.

Desse modo, a geração de energia sustentável já é uma realidade em nossas fábricas ao redor do mundo, nas quais 84% do uso total de energia é renovável desde 2020. Além das iniciativas ambientais, a Paper mantém outros projetos voltados ao desenvolvimento socioeconômico das regiões onde atua. Durante a pandemia, a empresa, que é sócia da Eldorado Brasil Celulose, localizada em Três Lagoas (MS), estruturou um projeto na região que capacita costureiras locais para a fabricação e comercialização de máscaras de proteção contra a Covid-19. As máscaras, com nanotecnologia e tecido antiviral, foram distribuídas em escolas e em abrigos para idosos. Paralelamente, serviram como alternativa de renda para as artesãs, impactadas pelo fechamento do comércio durante a pandemia.

Mais recentemente, em setembro, a Paper inaugurou em Brasília o Paper Lab, um laboratório de empreendedorismo voltado a jovens e adultos que buscam se aperfeiçoar para o mercado de trabalho. A empresa cedeu a infraestrutura onde estão sendo oferecidas mentorias para inclusão digital e acesso a novas tecnologias.

Ao redor do mundo, a Paper Excellence opera em pelo menos 30 territórios tradicionais de nações indígenas e possui laços econômicos diretos em metade delas. No Brasil, a ideia é repetir o que a empresa já faz em países como o Canadá, onde participa da gestão conjunta sustentável de recursos florestais. O objetivo é desenvolver parcerias de negócios com comunidades locais que tratem de colaboração, respeito por valores e benefício mútuo.

Para a Paper, que  também oferece anualmente dezenas de  bolsas de estudos e investe em projetos esportivos nas localidades onde mantém operações, a verdadeira transformação social passa não apenas por atos isolados de caridade, mas pela capacidade de perpetuar um modelo de geração de oportunidade para indivíduos e comunidades.

No quesito governança, a Paper Excellence desembarcou no Brasil com o objetivo de implementar um amplo processo de aperfeiçoamento de gestão com o objetivo de transformar sua operação em uma grande plataforma para alcançar a liderança global no setor. Batizado de Sistema de Gestão Excellence e conduzido pela consultoria Falconi, o modelo tem como propósito transformar a cultura da empresa para melhorar os processos e torná-la ainda mais eficiente, inovadora, sustentável e competitiva. Seja qual for o plano de trabalho, a intenção é sempre mobilizar com igual intensidade executivos e funcionários de todas os setores da companhia: jurídico, financeiro, de logística, industrial, comercial, RH, entre outros.

Adotar políticas corporativas em consonância com um futuro mais igualitário e sustentável é um caminho sem volta. Vale para a Paper Excellence ou para qualquer empresa que almeja credibilidade no mercado para crescer local ou globalmente. Para o mundo pós-pandemia, as exigências serão ainda maiores. Incentivar a cultura ESG, implementando seus princípios, a partir do propósito e estratégias do negócio, será um fator decisivo de sucesso para investidores e clientes.