SAUDE DA MULHER

Casa JOTA discutirá desafios de acesso a tratamentos oncológicos no SUS

As barreiras de acesso a inovações no caso do câncer de mama são tema de painéis em 7/3. Evento é patrocinado pela Novartis

Na véspera do dia internacional da mulher, a Casa JOTA realiza um evento para discutir os desafios de acesso aos tratamentos oncológicos no SUS, com foco no câncer de mama, o mais comum entre a população feminina. O encontro tem patrocínio da Novartis.

A partir de 10h, na terça-feira (7/3), a analista e editora do JOTA PRO Saúde, Lígia Formenti, recebe especialistas e gestores públicos para traçar um panorama do momento atual em dois painéis. As discussões serão transmitidas ao vivo pelo canal do JOTA no YouTube.

A primeira conversa tratará dos desafios de acesso aos tratamentos oncológicos incorporados no SUS. Estão confirmados Antônio Carlos Nardi, ex-secretário executivo do Ministério da Saúde (2016-2018); Dra. Angélica Nogueira, Pesquisadora e Professora da Faculdade de Medicina da UFMG (CRM: 37003 MG)e Luciana Holtz de Camargo Barros, presidente da organização Oncoguia. 

Em seguida, especialistas irão se debruçar sobre barreiras de acesso a terapias inovadoras para o tratamento de câncer de mama. Essa situação traz um exemplo bastante claro das dificuldades que pacientes oncológicos enfrentam para receber as terapias mais inovadoras que chegam ao mercado brasileiro.

O diretor do núcleo de mastologia do Hospital da Mulher, em São Paulo, André Mattar está confirmado para essa discussão. Também será ouvida Silvia Ferrite, paciente que deu testemunho sobre sua experiência com o tratamento do câncer de mama, além da Secretária de Saúde do Estado de Santa Catarina, Carmen Zanotto. 

O câncer de mama acomete majoritariamente as mulheres e é a forma mais comum de câncer em todas as regiões brasileiras. A estimativa do Instituto Nacional do Câncer (Inca), ligado ao Ministério da Saúde, é de 73,6 mil novos casos por ano no Brasil entre 2023 e 2025.1 A população feminina acima de 50 anos é a mais afetada.1

De acordo com o monitoramento do Inca, o câncer de mama matou 17.825 mulheres no Brasil, em 2020. Desde a década de 1980, a taxa de mortalidade pela doença (medida a cada 100 mil mulheres) tem trajetória ascendente na maioria das localidades do Brasil. Hoje, esse indicador é de 16,47 óbitos.2

As chances de sobrevivência com qualidade de vida, dependem, em grande medida, da eficácia dos tratamentos aos quais pacientes com câncer de mama metastático têm acesso. 

As pacientes com plano de saúde já têm acesso aos tratamentos mais inovadores desde 2021. No mesmo ano, a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec) aprovou a incorporação no SUS, o que ainda não atingiu todas as mulheres que precisam. O Ministério da Saúde tinha prazo até junho de 2022 para realizar a distribuição, o que ainda não aconteceu.

Material destinado a público leigo – 03/23 + código BR-25808

Referências:

1 Estimativa 2023. Incidência de Câncer no Brasil – Instituto Nacional do Câncer (INCA) https://www.inca.gov.br/sites/ufu.sti.inca.local/files/media/document/estimativa-2023.pdf 

2 Mortalidade. Instituto Nacional do Câncer (INCA) https://www.gov.br/inca/pt-br/assuntos/gestor-e-profissional-de-saude/controle-do-cancer-de-mama/dados-e-numeros/mortalidade#:~:text=Os%20maiores%20percentuais%20na%20mortalidade,faixa%20et%C3%A1ria%20(figura%203)