Meio Ambiente

Casa JOTA discute desafios para ampliação do mercado de carros elétricos

Debate nesta terça (24/5), às 14h, abordará entraves estruturais que precisam ser solucionados para viabilizar mobilidade verde

Crédito: JOTA

A popularização de veículos elétricos é uma das alternativas para a redução das emissões de poluentes pela indústria automotiva,  responsável por 13% da liberação desses gases na atmosfera. No Brasil, a frota de modelos que dispensam combustíveis fósseis é crescente: as vendas passaram de 20 mil, em 2020, para 35 mil, em 2021, segundo a Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), uma alta de 75%.

Mas a ampliação da produção e venda de carros elétricos esbarra em carências de infraestrutura e regulação, tais como, a instalação de pontos de carregamento, desenvolvimento de tecnologias e baterias mais eficientes e baratas, e incentivos tributários para a aquisição desses carros, que têm custo elevado: mesmo modelos compactos são negociados a partir de R$ 160 mil.

Nesta terça-feira (24/5), a Casa JOTA promove um debate acerca dos desafios do uso de veículos elétricos no Brasil e como essa tecnologia pode contribuir para a mobilidade verde. O painel, marcado para às 14h, é patrocinado pela 99.

O debate será transmitido pelo JOTA e terá a participação de especialistas na área: o diretor sênior de Inovação e Operações da 99, Thiago Hipólito, o presidente da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), Adalberto Maluf, e o secretário de Saúde do município de Santo André (SP), José Police Neto.

Apesar do crescimento na participação da frota, que passou de 1,1% para 2% no ano passado, os carros elétricos ainda representam uma parcela pequena do mercado: por isso, 9 empresas do setor, lideradas pela 99, se mobilizaram na chamada Aliança Pela Mobilidade Sustentável com o intuito de expandir o comércio de carros elétricos.

Na Câmara dos Deputados, tramita o Projeto de Lei 4086/2012, do deputado Marreca Filho (Patriota-MA), que prevê uma política de incentivo ao carro elétrico no país, e a isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) sobre esses veículos e a substituição da frota oficial do governo federal por esse modelo.

Enquanto isso, em setembro do ano passado, o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) no Rio de Janeiro, iniciou o desenvolvimento do primeiro laboratório para ensaio de baterias usadas nos carros elétricos. A previsão é que o laboratório seja inaugurado em 2023 para impulsionar a indústria de carros elétricos e híbridos.

Ainda que haja emissão de gases poluentes na fabricação dos carros e baterias, a vantagem desses modelos sobre os movidos a combustível não é só ambiental, mas também econômica. Dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP) apontam que a energia elétrica é 75% mais barata do que a gasolina. Isso porque o motor elétrico tem eficiência na casa dos 90%; o de combustão é de 40%, segundo estudo do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

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