Casa JOTA

Acesso efetivo ao tratamento para câncer de mama avançado já incorporado pela CONITEC no SUS será debatido na Casa JOTA

Evento, patrocinado pela Novartis, conta com especialistas e terá transmissão ao vivo nesta quinta-feira, dia 4 de agosto, a partir das 10h

Crédito: Divulgação

Esta semana, um evento na Casa JOTA discutirá os desafios para o acesso efetivo aos tratamentos para câncer de mama disponibilizados pelo SUS. Os debates entre especialistas serão transmitidos ao vivo pelo canal do JOTA no YouTube a partir das 10h do dia 4 de agosto. O evento é patrocinado pela Novartis e é gratuito. Inscreva-se.

Na programação, serão discutidos o processo de incorporação de novas tecnologias no SUS, as atuais barreiras e potenciais soluções para o acesso efetivo aos tratamentos já incorporados pelo SUS; como o sistema poderia ser mais eficiente em incorporar novos tratamentos dentro do prazo regulado após recomendação técnica; o papel da sociedade civil na incorporação de novas tecnologias; e os caminhos para que estas tecnologias cheguem, de fato, para as pacientes do SUS.

Já estão confirmados no evento: Dr. André Mattar, diretor do núcleo de oncologia clínica do Hospital Pérola Byington, em São Paulo; o cardiologista Dr. Carlos Magliano, especialista em saúde pública e avaliações de tecnologias em saúde: Dr. Sandro Martins, oncologista clínico do Hospital Universitário de Brasília; e Pascoal Marracini, diretor do Instituto de Câncer Doutor Arnaldo Vieira de Carvalho, em São Paulo.

O câncer de mama responde por cerca de um terço de todos os novos casos de neoplasias (excluindo os tumores de pele não-melanoma) no Brasil¹. A estimativa do Instituto Nacional do Câncer (Inca), ligado ao Ministério da Saúde, é que mais de 66 mil mulheres descubram um câncer de mama a cada ano no Brasil. Em 2022, foram estimados 66.280² casos novos. 

De acordo com o monitoramento do Inca, entre a população feminina, o câncer de mama é o mais comum. Além disso, também é o câncer que mais mata mulheres no Brasil, representando 16% do total. Desde a década de 1980, a taxa de mortalidade por câncer de mama (medida a cada 100 mil mulheres) tem trajetória ascendente no país na maioria das localidades do Brasil. 

O assunto se torna ainda mais relevante diante do potencial impacto da pandemia do novo coronavírus nos diagnósticos e tratamento da doença. Pesquisa IBOPE apontou que 62% das mulheres deixaram de ir ao ginecologista ou ao mastologista em 2020 e realizar exames de mamografia, o que prejudica o diagnóstico da doença em estágios iniciais. Além disso, as taxas de casos em estadiamento avançado, que já eram altas antes da pandemia, aumentaram ainda mais nos anos de 2020 e 2021. 

As chances de sobrevida com qualidade de vida, dependem, em grande medida, da eficácia dos tratamentos aos quais pacientes com câncer de mama metastático têm acesso. Para o tipo de câncer de mama que é o mais comum, o receptor hormonal positivos e HER 2 negativo, não havia uma inovação para esse tipo de câncer há 20 anos e os tratamentos atualmente disponíveis no SUS apresentam importantes limitações.

Novos medicamentos foram aprovados pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (CONITEC) no ano passado. O Ministério da Saúde teve 180 dias após a publicação da decisão de incorporação em Diário Oficial da União e este prazo já está vencido desde 7 de junho de 2022. Agora, será preciso garantir que novas incorporações cheguem a todas as mulheres que precisam³.

Material destinado ao público leigo – Veeva BR-23098

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¹Anders CK, Johnson R, Litton J, Phillips M, Bleyer A. Breast cancer before age 40 years. Seminars in oncology 2009;36:237-49.

² Estudo AMAZONA III/GBECAM 0115 – P2-09-11. Prevalence of patients with indication of genetic evaluation for hereditary breast and ovarian syndrome in the Brazilian cohort study – AMAZONA III. 2019. Disponível em: https://www.abstractsonline.com/pp8/#!/7946/presentation/701.

³ CONITEC – Trastuzumabe chega ao SUS para tratar câncer de mama metastático. 2018. Disponível em: http://conitec.gov.br/ultimas-noticias-3/trastuzumabe-chega-ao-sus-para-tratar-cancer-de-mama-metastatico.