Guilherme Pimenta

O segredo para um escritório de advocacia fazer uma boa sucessão de gerações, transferindo o comando de um sócio experiente para jovens e também diluindo seu capital, é a "tolerância". Esse foi o ensinamento que o advogado Brasil do Pinhal Pereira Salomão quis transmitir a expectadores durante sua exposição na Fenalaw 2018, na última quinta-feira (25/10).
Ele foi sócio-fundador da banca full service Brasil Salomão e Matthes Advocacia, que começou com uma estrutura familiar de maneira tímida no interior de São Paulo, em 1969. Hoje, a banca conta com sucursais em diversas regiões do país e até em Portugal, com uma equipe de 130 advogados, 70 estagiários e 53 funcionários de outras áreas..
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Salomão disse que ficou à frente da banca durante 17 anos, quando o escritório cresceu e ele percebeu que deveria "democratizar" o capital e a gestão, principalmente para manter os jovens talentos formados pela casa.
"Decidi permitir que mais pessoas participassem dos resultados economicamente. Para dar esse passo a partir do instante que essa visão se concretizou, entendi que precisava tolerar manifestações das novas gerações diferentes das minhas", contou Brasil do Pinhal em sua exposição.
De acordo com o experiente advogado, ao mesmo tempo em que passou a aceitar sugestões e decisões da geração mais jovem no comando da banca, eles também entenderam que a transição da gestão em diferentes gerações deveria ser gradual em relação ao sucedido.
"Foi um grande desafio ter tolerância. Mas mesmo com a sensação de perda de poder, de comando, de decidir por todos, há uma sensação de que foi certo, principalmente pelo alívio de não ter que decidir tudo sozinho. Os sucessores eram a ponte para que o escritório continuasse sobrevivendo", falou Brasil do Pinhal.
Os novos advogados que o sucederam no comando da banca, explicou Salomão, "trouxeram uma formação de academia e tecnologia melhor que a minha formação". "Hoje, por exemplo, o advogado tem uma capacidade de se envolver com magistério em nível internacional", afirmou.
Sucessão
Rodrigo Forcenette chegou ao escritório em 2000. Atual gestor da banca e membro da Diretoria Executiva e do Conselho de Gestão, ele contou que a "missão" do escritório visa manter os valores que Brasil do Pinhal instituiu na empresa em 1969.
Hoje, explica o gestor, a banca conta com uma estrutura administrativa que ajudou a modernizar o escritório. Ele é dividido em: conselho de gestão, conselho deliberativo, presidência, diretoria-executiva jurídica, diretoria administrativa e sócios.
"O advogado hoje precisa mostrar que se preocupa com cada um dos colegas, mostrando desenvolvimento profissional e se engajando com o cliente", resumiu sobre a missão da banca. "As gerações são o principal ativo do escritório."
Para Forcenette, o ensinamento dos sócios experientes só são transmitidos a partir de treinamentos. Quem entra na empresa, diz ele, "precisa ter uma noção do propósito da instituição".
A vivência, conta, é importantíssima para esta geração de advogados. "Sentar na mesma sala com outros profissionais é um grande aprendizado."

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Advogado Brasil do Pinhal Pereira Salomão expôs história de continuidade de seu escritório durante a Fenalaw 2018

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Segredo para sucessão de gerações em um escritório é 'tolerância'

Brasil do Pinhal Pereira Salomão expôs história de sucessão de seu escritório de advocacia durante a Fenalaw 2018