Guilherme Pimenta

Luis Viviani

A nova legislação trabalhista demandará mais participação dos advogados, principalmente nas negociações entre empresários e sindicatos, avalia o escritório Castro Neves Dal Mas.
"No campo das relações do trabalho haverá a necessidade da participação de escritórios com expertise nas novas práticas estampadas na Legislação e em negociações", dizem os sócios Alexandre Maldonado Dal Mas e Viviane Castro Neves Maldonado Dal Mas.
"É importante que o profissional do Direito esteja familiarizado com as possibilidades que surgiram para seu cliente e acompanhe o movimento do Judiciário na interpretação das novas regras".
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Embora o mercado continue avançando, o escritório acredita que o ritmo não será o suficiente para aquecer setores da economia que repercutem diretamente no Direito.
Ainda assim, a banca aposta em 2018 nos meios extrajudiciais de soluções de conflitos e no setor preventivo trabalhista e contratual. "Provavelmente haverá incremento no setor de due diligence", dizem.
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Leia a entrevista na íntegra:
Quais áreas registraram crescimento e garantiram faturamento em 2017?
O escritório atua nas áreas Cível, Trabalhista e Tributária, e o crescimento foi gradual, sendo mais sensível no setor Trabalhista.
Quais áreas tiveram retração em 2017?
Não houve grande retração, mas percebemos que houve pouca geração de negócios, menos aquisições foram concretizadas, o que afeta a área consultiva contratual.
Os dois movimentos surpreenderam o escritório ou os avanços e recuos eram esperados nestas áreas?
Os movimentos eram esperados devido ao cenário econômico do País e a inovação legislativa na área trabalhista.
Quais as grandes vitórias da banca em 2017 tanto no Judiciário quanto no âmbito administrativo? 
O escritório conseguiu colaborar para a formação de jurisprudência relevante para seus clientes em temas de Direito do Trabalho, sendo que alguns destes agora estão refletidos na legislação atualizada, como por exemplo, os efeitos do PDV no contrato de trabalho. Também houve sucesso no que concerne a discussões sobre autogestão de planos de saúde por empresas.
E as derrotas mais sentidas?
Embora ocorrentes, não houve nada marcante para o escritório ou nossos clientes.
O que esperava que aconteceria neste ano que na prática não se concretizou?
Esperávamos que a recuperação econômica do País fosse mais rápida e que houvesse a geração de novos negócios, o que se mostrou tímido.
O escritório aposta em quais áreas para crescer em 2018?
O escritório aposta nos meios extrajudiciais de soluções de conflitos e no setor preventivo trabalhista e contratual. Provavelmente haverá incremento no setor de due diligence.
Quais as perspectivas para o mercado de advocacia em 2018 num contexto ainda de instabilidade política e econômica?
Embora o mercado continue avançando, nos parece que o ritmo não será o suficiente para aquecer setores da economia que repercutem diretamente no Direito. Eventos como eleições e Copa do Mundo têm grande repercussão nos setores produtivos do País, que costumam ficar em espera. No campo das relações do trabalho haverá a necessidade da participação de escritórios com expertise nas novas práticas estampadas na Legislação e em negociações, ou seja, é importante que o profissional do Direito esteja familiarizado com as possibilidades que surgiram para seu cliente e acompanhe o movimento do Judiciário na interpretação das novas regras.
Em 2017, vários escritórios apareceram nas delações da JBS sob acusação de emitirem notas falsas e outros advogados foram acusados de intermediar propina por outros delatores. A imagem da advocacia saiu arranhada neste ano? 
Não. A imagem da advocacia não foi ferida porque as práticas delatadas, embora possam ter sido praticadas por advogados, não fazem parte do rol de atividades exclusivas dos operadores do Direito. O fato de serem advogados alguns dos mencionados é mera circunstância e não em razão da prática jurídica.
Quais são as perspectivas do escritório sobre o Judiciário em 2018?
No primeiro momento, esperamos o julgamento das ações de grande repercussão perante o Supremo Tribunal Federal, sobre terceirização, índices de correção monetária pelo pleno, reservas indígenas, entre outras. No campo do Direito do Trabalho, a grande perspectiva é a reação do Judiciário em suas decisões de primeira e segunda instâncias à reforma trabalhista.
Este foi o ano da reforma trabalhista. E no ano que vem, que lei será o destaque?
Ao que tudo indica, estará em evidência a reforma previdenciária. Além disso, espera-se a edição de Leis Complementares para diversos temas legislados nos anos anteriores.
Raio-x do escritório:
Crescimento percentual: 164 colaboradores (crescimento de 8,6% em relação ao mesmo período de 2016)
Número de sócios: 16 sócios, sendo um deles CEO (Viviane Castro Neves Maldonado Dal Mas) e outro CFO (Alexandre Maldonado Dal Mas)
Número de advogados: 68 advogados, divididos em unidades de São Paulo, Campinas, Rio de Janeiro, Araçatuba, São Bernardo do Campo, Curitiba e Belo Horizonte.

Castro Neves Dal Mas

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JOTA

Avaliação é do escritório Castro Neves Dal Mas

&#8220;Escritórios deverão se envolver em negociações trabalhistas&#8221;

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"Escritórios deverão se envolver em negociações trabalhistas"

Avaliação é do escritório Castro Neves Dal Mas