Mariana Ribas

Na América Latina, 13% dos diretores jurídicos aspiram exercer o cargo de diretor executivo (CEO) nas empresas que atuam. É o que indica a pesquisa "The Latin American GC: Rising to the challenge" publicada pelo escritório de advocacia internacional CMS.
Sobre o papel de líder, o relatório mostra que a liderança em departamentos jurídicos internos requer uma combinação diferente de habilidades. Os diretores jurídicos mais eficazes, segundo o estudo, geralmente são aqueles que têm a confiança necessária para delegar muitas funções jurídicas e administrativas a membros da equipe.
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O estudo destaca também que 75% dos pesquisados utilizam algum tipo de indicador de desempenho. Essa é a porcentagem mais alta registrada nas pesquisas que o CMS realizou em outras regiões, como Europa e Ásia.
Dentre os 75 entrevistados, 52% acreditam que a capacidade de influenciar nas decisões das empresas aumentou nos últimos cinco anos. Mas 85% afirmam que o desempenho no trabalho seria melhor se tivessem maior influência. 
“O diretor jurídico, na maioria das empresas, é uma posição que fica um pouco separada dos outros gestores”, aponta Ted Rhodes, representante do CMS no Brasil. Para ele, o problema se agrava ainda mais na América Latina que, em comparação com outras regiões do globo, traz menos opções de conexão entre esses profissionais. 
Apesar de o questionário incluir apenas diretores jurídicos da América Latina, 58% dos entrevistados trabalham em multinacionais. Os 42% restantes atuam em empresas locais.
<h3>A pesquisa</h3>
Na América Latina, há dois grandes casos de investigação de corrupção corporativa, a Operação Lava Jato e o Panamá Papers. Diante desse cenário, 92% dos entrevistados dizem que a ética e compliance são "essenciais" ou "muito importantes" em seus trabalhos como diretores jurídicos. 
<blockquote class="jota-article__eye">A pesquisa foi finalizada no início do ano de 2020, antes da pandemia. Para Rhodes, após a crise da Covid-19, “essa preocupação com ética e compliance apresenta desafios diferentes, por ter uma grande parte do time trabalhando remotamente, deve-se ter maneiras de treinar o time”.</blockquote>
A pesquisa também mostra que 70% dos diretores jurídicos da América Latina adotam novas soluções tecnológicas. Esse número pode ter aumentado significativamente em razão da pandemia, já que a pesquisa foi finalizada no início do ano de 2020, antes da crise.
Isto porque com a pandemia causada pelo coronavírus, as corporações passaram por uma aceleração tecnológica, com o uso de videoconferências e a implementação do home office. Assim, o trabalho dos diretores jurídicos se tornou ainda mais distante do restante da empresa. 
De qualquer forma, o cargo parece satisfazer, em sua maioria, os que ocupam a profissão: de acordo com a pesquisa, dois terços dos entrevistados querem passar toda a carreira como diretores jurídicos.

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JOTA

Pesquisa aponta, também, que 92% dizem que a ética e compliance são 'essenciais' ou 'muito importantes' em seus trabalhos

Segundo pesquisa, 13% dos diretores jurídicos da América Latina querem ser CEOs

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