O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, compartilhou, nesta quinta-feira (15/9), com o corregedor-geral do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luís Felipe Salomão, provas dos inquéritos que tramitam no Supremo sobre as fake news e atos antidemocráticos – INQ 4781 e 4828, este último, está arquivado.
Os documentos serão analisados pelo corregedor, pois podem ter relação com as ações que tramitam no TSE sobre abuso de poder político e econômico no caso da suposta contratação do serviço de disparos em massa de mensagens em redes sociais, durante a campanha de 2018.
Segundo especialistas consultados pelo JOTA, essas duas ações representam o maior risco de uma eventual inelegibilidade de Jair Bolsonaro nas eleições de 2022.
O pedido de compartilhamento de provas foi solicitado em 3 de agosto deste ano pelo ministro Salomão, por meio de ofício, ao ministro Alexandre de Moraes, relator dos processos no STF.
Não é a primeira vez que o TSE pede o compartilhamento das informações. O ofício de Salomão seguiu a mesma linha adotada pelo corregedor anterior, Og Fernandes, que, em junho de 2020, também solicitou o compartilhamento.
No início do mês de agosto, Jair Bolsonaro pediu para ter acesso ao relatório do material apreendido que foi compartilhado com o ministro do STF, Alexandre de Moraes. No entanto, o corregedor-geral do TSE, ministro Luis Felipe Salomão, negou.
No STF, o inquérito das fake news investiga organização criminosa, com atuação digital, dotada de núcleo político, de produção, de publicação e de financiamento, cujas atividades teriam tido continuidade após as Eleições de 2018 e se estendido durante a campanha de 2020 em diante.