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Na volta ao Brasil, Lula inicia maratona de anúncios para melhorar imagem

Presidente terá agenda no Nordeste para retomar programas. Em seguida, anunciará isenção do imposto de renda

Lula imagem
Lula assinou decretos de recriação de programas para catadores e reciclagem / Crédito: Ricardo Stuckert/ PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) volta da viagem aos Estados Unidos disposto a mostrar que o governo começou e deixou para trás os atos golpistas de 8 de janeiro.

O presidente tem uma maratona de agendas populares, que incluem desde a visita de catadores de lixo ao Planalto até a retomada de programas sociais que foram vitrines de administrações anteriores do PT.

E a região escolhida para dar início a esse pacotão de bondades é o Nordeste, onde o petista teve seu melhor desempenho na eleição do ano passado.

Na Bahia, Lula vai relançar o Minha Casa Minha Vida, programa de habitações populares que ele mesmo lançou e foi modificado nos últimos anos.

Em seguida, vai a outros estados para inaugurar obras e prometer outras, sempre mirando a infraestrutura.

Na economia, os anúncios positivos devem ficar para depois do Carnaval: programa de renegociação de dívidas, reajuste da tabela do Imposto de Renda para quem ganha menos, além de um novo valor para o salário mínimo.

Essas medidas seriam anunciadas em maio, por ocasião do Dia do Trabalho, mas foram antecipadas porque o presidente tem se queixado da agenda negativa e da dificuldade de mostrar que o novo governo virou a página da crise institucional.

 

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Em paralelo a esse movimento do Planalto para melhorar a imagem de Lula, a área econômica ainda cuida das sequelas do embate do presidente com o Banco Central.

E a revisão da meta de inflação, que pode ocorrer agora ou mais tarde, está no centro das atenções, sobretudo porque o presidente da autarquia, Roberto Campos Neto, indicado para o cargo por Jair Bolsonaro (PL), vai participar de uma série de programas de TV no transcorrer da semana e falar sobre as críticas de Lula à autonomia da instituição.

A tendência é de uma tentativa de armistício, sinalizando para um entendimento entre os responsáveis pela política fiscal e pela política monetária.