GovTech

Pandemia acelera processo de digitalização de serviços públicos

Letícia Piccolotto, presidente da Fundação BRAVA, falou em webinar JOTA/Insper sobre o tema

Crédito: Leonardo Sá/Agência Senado

O Brasil é o segundo país no mundo com o maior número de casos de Covid-19 e enfrenta diversos obstáculos no combate à pandemia. Nesse cenário, diversos serviços públicos tiveram que ser digitalizados nos últimos meses. 

De acordo com a Estratégia de Governo Digital para o próximo biênio, documento publicado em abril, o governo federal pretende alcançar os 100% de digitalização até o fim de 2022 e economizar R$ 38 bilhões em cinco anos, de 2020 a 2025. 

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Letícia Piccolotto, presidente executiva da Fundação BRAVA e fundadora do BrazilLAB, afirma que um efeito colateral positivo da pandemia foi a questão da transformação digital dos serviços públicos.

Por outro lado, acredita que esse processo foi feito às pressas e simplesmente trouxe a burocracia do mundo físico para o digital, o que ela define como “e-burocracia”. “Não teve uma investigação, um pensar tão profundo de como, de fato, prestar aquele serviço na internet”, diz Picolotto.

Ela participou, nesta quinta-feira (18/6), do webinar promovido pelo JOTA em parceria com o Centro de Gestão e Políticas Públicas do Insper. O tema do debate foi “Brasil GovTech: Como a pandemia está impactando a digitalização dos serviços públicos?”.

O BrazilLAB tem quatro anos e é o primeiro hub de inovação GovTech no país que conecta startups com o poder público.

Piccolotto observa, de forma empírica, que o processo de inclusão digital foi acelerado. “Vejo uma boa transformação acontecendo em relação ao atendimento da população de baixa renda com o uso da internet em serviços públicos, apesar de termos desafios na qualidade da internet, dificuldades de comunicação e transmissão de informações”. 

Assista ao novo episódio do podcast Sem Precedentes sobre coesão do STF ao manter inquérito das fake news:

Ela entende que avançamos, mas que há um desafio muito grande da questão de acesso à internet: cenário mostra um Brasil mais profundo, sendo necessário pensar em como ampliar a inclusão se quisermos uma transformação digital plena. “Devemos ter o cidadão como ponto focal para a construção de um programa que realmente esteja à serviço da população”, conclui.