Metade dos brasileiros é favorável ao impeachment do presidente da República Jair Bolsonaro (sem partido), segundo indica uma pesquisa do JOTA em parceria com a Quaest, realizada entre os dias 25 e 26 de abril.
Por outro lado 36% da população é contrária ao impeachment, uma diferença de 14 pontos percentuais entre os que apoiam o impedimento do presidente. Os 14% restantes não souberam ou não quiseram responder.
De acordo com a pesquisa, quanto maior a renda, mais as pessoas tendem a ser contrárias ao impeachment. Entre quem ganha até 2 salários mínimos, 51% é favorável ao impedimento de Bolsonaro, enquanto 33% são contrários. Já entre os que recebem mais de 5 salários mínimos, os favoráveis ao impeachment são 47% enquanto os contrários sobem para 42%.
A proporção de homens contrários ao impeachment´e maior do que a de mulheres. Enquanto metade das mulheres é favorável e 33% são contrárias, entre os homens a porcentagem dos que apoiam um processo de impedimento é de 49% e a dos que são contrários é de 40%.
Os mais velhos também são mais refratários ao impeachment de Bolsonaro. Entre os jovens de 16 e 24 anos, só 28% são contrários ao impedimento do presidente. A quantia sobe para 39% entre os que têm 25 a 34 anos, e chega a 50% entre os que têm 60 anos ou mais.
Praticamente uma em cada cinco pessoas que votou em Bolsonaro no segundo turno das eleições de 2018 hoje apoia o impeachment do presidente. Para ser mais exato, 21% são favoráveis ao impeachment, enquanto 66% são contrários. Já entre os que votaram em Fernando Haddad (PT-SP) no segundo turno, 81% apoiam o impeachment, enquanto 12% são contrários. Por fim, entre os que votaram branco ou nulo, o apoio ao impeachment é de 56%, enquanto a desaprovação é de 22%.
Metodologia
A pesquisa foi feita com mil pessoas, pela internet, entre os dias 25 e 26 de abril. O intervalo de credibilidade para os valores estimados é de 3,1%. A seleção da amostra foi aleatória.
A pesquisa também mostra que a maior parte da população acredita mais na versão de Sergio Moro do que na do presidente Jair Bolsonaro, e acha que o ex-ministro agiu com ética ao anunciar a saída do governo.
O levantamento também indica aumento de 8 pontos percentuais na reprovação do governo Bolsonaro desde março, passando de 40% para 48%, além de metade avaliar desempenho de Bolsonaro na crise como ruim ou péssimo.
Outro ponto levantado pela pesquisa foi que o sentimento negativo em relação a Bolsonaro e Lula é maior do que quanto a Moro.