
Dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para o primeiro turno das eleições em São Paulo (SP) mostram que os cidadãos mais velhos tiveram abstenção maior do que em 2016, assim como os mais jovens.
A abstenção média entre os jovens de 16 a 34 anos foi de 26,52%. Entre os adultos (entre 35 e 59 anos) foi de 20,64%. Já entre os eleitores com mais de 60 anos foi de 76%.
Olhando em subgrupos ainda menores, entre aqueles entre 60 e 64 anos, a abstenção foi de 19,6%.
Entre aqueles entre 65 e 69 anos foi de 33%. Já entre aqueles entre 21 e 24 anos foi de 28,7%.
Nesta quinta-feira (27/11), o JOTA Labs já havia divulgado um levantamento dos dados de abstenção nas eleições em SP e no país desde a eleição de 1994, quando a votação ainda era por meio de cédulas de papel.
Na análise, foi possível concluir que a abstenção vem aumentando gradativamente ao longo do tempo, independentemente dos esforços do TSE em corrigir e manter atualizado o cadastro de eleitores com sistemas mais modernos e integrados.
Por conta da pandemia, o número de eleitores que se absteve de participar do processo de escolha no primeiro turno foi cerca de 1% maior que o esperado, considerando a tendência das últimas eleições. Ou 2%, considerando apenas os números das eleições municipais.
O processo de envelhecimento da população também pode ajudar explicar o evolução dos números de abstenção no país. Após os 70 anos de idade o voto deixa de ser obrigatório. Assim, é esperado que quanto maior for o número de eleitores nessa categoria, maior será a abstenção entre estes eleitores.
Por exemplo, nas eleições municipais de 2000, quando 100% dos eleitores já votaram por meio da urna eletrônica, o percentual de eleitores com 70 anos ou mais no país era 5,5%, em 2020 esse grupo representa 9,1% do eleitorado.
Além da abstenção
A equipe do JOTA Labs realizou uma série de levantamentos e cruzamentos de dados para auxiliar os assinantes a se prepararem para as eleições. Entre os achados:
- Como e por que a estratégia do centro teve efeito;
- PP é o partido com mais eficiência;
- DEM, PSD, MDB e PSDB têm eficiência muito parecida;
- Por que PT e PSL têm resultados muito abaixo;
- O capital político e o total de votos por partido;
- Continuidade versus mudança: 62,4% dos prefeitos foram reeleitos em primeiro turno;
As pesquisas foram divulgada em calls exclusivos para assinantes JOTA Pro Poder.
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