Luiz Orlando Carneiro

Com apenas 25 anos de idade, a vocalista (e compositora) Veronica Swift está lançando, com muito sucesso, o primeiro álbum como líder numa etiqueta de jazz de repercussão geral reconhecida, no caso a Mack Avenue. O título do registro de 12 faixas é Confessions, e os companheiros de “viagem” da nova estrela em ascensão vertiginosa são os ilustres pianistas Emmet Cohen e Benny Green, à frente de seus respectivos trios, em nove e três takes, respectivamente.
As notas de apresentação do CD destacam que a jovem Veronica Swift já tem uma “folha corrida” de fazer inveja a muitas cantoras mais idosas: apresentações com o grande Wynton Marsalis e a sua Jazz at Lincoln Center Orchestra; shows em clubes de Nova York do primeiro escalão, como o Dizzy’s, o Jazz Standard e o Birdland; e também em festivais internacionais do porte dos de Monterey e Montreal.
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Radicada em Nova York, a vocalista ficou íntima do jazz e do American songbook quando ainda era criança, e começou a estudar e a tocar com os seus pais: o pianista Hod O’Brien (1936-2016) e a cantora e professora de música Stephanie Nakasian. Quando tinha só nove anos apareceu num disco gravado pelo saxofonista Richie Cole com papai O´Brien ao piano; aos 13 anos, cantou também, ao lado da mãe, no álbum It’s Great to Be Alive, do quarteto do pai, com o tenorista Harry Allen como convidado.
Mas o primeiro feito relevante de Veronica Swift foi o segundo lugar que conquistou, em 2015, na referencial Thelonious Monk International Jazz (Vocals) Competition, vencida pela hoje consagrada Jazzmeia Horn, três anos mais velha. O júri do concurso, a propósito, era integrado pelas seguintes sumidades: Dee Dee Bridgewater, Al Jarreau, Freddy Cole e Luciana Souza.
Agora, no álbum Confessions, a precoce jazz singer abre o programa com um tema de André Previn cujo título é também uma declaração de autoconfiança: You´re gonna hear from me (3m45). Na verdade, os críticos já estão falando muito dela, como por exemplo Allen Morrison, que escreveu na  Downbeat: “Uma artista que claramente saboreia a tradição jazzística, Veronica Swift consegue extrair o que é contemporâneo dos clássicos americanos, numa combinação de paixão, humor e uma pitada de despreocupação nas suas leituras dos versos de canções de 50 ou 70 anos de idade’’. 
Ela também cultiva a arte do scat singing– com deferências devidas a Ella Fitzgerald, Sarah Vaughan e Betty Carter – como demonstra ao dobrar o tempo na faixa acima citada, e nos efeitos vocais de No not much (3m35).
Mas, em sua maioria, as canções selecionadas por Veronica explicam o título do CD Confessions. São escolhas pessoais de melodias muito ouvidas na infância que se fixaram na mente da cantora: a recitativa A stranger in town (6m20), de Mel Tormé; Gipsy in my soul (3m45), homenagem às suas raízes húngaro-ciganas, do lado materno; a balada Confession/The other woman (6m45), lembrança do sax alto de Johny Hodges (1903-1983); I‘m hip (2m25), do cantor-pianista Bob Dorough (1923-2018); Forget about the boy (5m), de um musical da Broadway de 2002; I don’t wanna cry animore (3m05), do repertório de Billie Holiday; No regrets (3m30), bluesy, mas em tempo rápido. I hope she makes you happy (4m20) é o único tema original da Swift. 
O trio do pianista Benny Green - que conta com os também muito respeitados David Wong (baixo) e Carl Allen (bateria) – acompanha a vocalista-líder apenas em três faixas: Interlude, I hope she makes you happy e Confession. Nas demais, atua o trio de Emmet Cohen, com Russell Hall (baixo) e Kyle Poole (bateria). 
(Samples de Confessions em: <a href="https://www.mackavenue.com/store/mac1149" target="_blank" rel="noopener" data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?q=https://www.mackavenue.com/store/mac1149&amp;source=gmail&amp;ust=1569685745829000&amp;usg=AFQjCNHSyTKddQViOxsLNT4nhzfXFLGhLQ">https://www.mackavenue.com/store/mac1149</a>)

veronica_swift

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JOTA

Vocalista de 25 anos lança 'Confessions', à frente de trios com os pianistas Emmet Cohen e Benny Green

Veronica Swift, a nova estrela no céu do jazz

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