Fábio Zambeli

<p>O início da campanha eleitoral na TV, com as sabatinas, as inserções de propaganda e o primeiro debate, provocou poucas mudanças nas intenções de voto de<a href="https://www.jota.info/eleicoes/lula-trajetoria-sindical-e-politica-ex-presidente-busca-derrotar-bolsonaro-eleicoes-2022-16052022"> Lula</a> (PT) e <a href="https://www.jota.info/eleicoes/jair-bolsonaro-a-trajetoria-militar-e-politica-do-presidente-que-busca-a-reeleicao-13052022">Jair Bolsonaro</a> (PL). Os dois candidatos permanecem estáveis num patamar bastante superior ao de seus adversários.</p>
<p>O único movimento, absolutamente previsível, foi o ligeiro <a href="https://www.jota.info/eleicoes/datafolha-lula-mantem-lideranca-mas-caem-chances-de-vitoria-no-primeiro-turno-01092022">crescimento das candidaturas de centro</a>. Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB), que aumentaram muito a visibilidade com o chamado “palanque eletrônico”, oscilaram positivamente nas pesquisas. Nada garante, contudo, que esse crescimento seja sustentado nas próximas semanas.</p>
<p>Isso porque é mais que natural que exista na reta final do primeiro turno uma espécie de ataque especulativo a essas candidaturas de terceira via com um apelo de Lula e Bolsonaro pelo que se chama de “voto útil”. Ou seja, há uma possibilidade nada desprezível de que Ciro e Tebet cresçam, mas percam tração perto do dia 2 de outubro.</p>
<blockquote class="instagram-media" style="background: #FFF; border: 0; border-radius: 3px; box-shadow: 0 0 1px 0 rgba(0,0,0,0.5),0 1px 10px 0 rgba(0,0,0,0.15); margin: 1px; max-width: 540px; min-width: 326px; padding: 0; width: calc(100% - 2px);" data-instgrm-permalink="https://www.instagram.com/reel/CiA_3joDgW5/?utm_source=ig_embed&amp;utm_campaign=loading" data-instgrm-version="14">
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<p>E no TSE, Alexandre de Moraes continua operando politicamente para diminuir o questionamento às urnas eletrônicas e esvaziar movimentos contra o Judiciário no 7 de Setembro.</p>
<p>Nesta semana, o ministro conseguiu uma espécie de trégua com os militares, mesmo sem atender as recomendações feitas pelas Forças Armadas para aprimorar o sistema de votação e apuração. E, de quebra, montou um núcleo de inteligência com representantes das polícias militares estaduais, um reduto tradicional de apoio a Bolsonaro.</p>
<p>Essas iniciativas ocorrem ao mesmo tempo em que o presidente segue em franco embate com Moraes. Bolsonaro teve duas manifestações públicas contrárias ao ministro: na primeira, ele desafiou Moraes a incluí-lo no inquérito que apura conversas supostamente golpistas em grupos de WhatsApp de empresários que o apoiam. Na segunda, o acusou de montar um serviço “paralelo” de inteligência para, na visão dele, tirar a liberdade dos brasileiros.</p>
<p>Esse é o clima para o 7 de setembro: Bolsonaro convocando seus eleitores para um grande comício nacional, com pautas das mais diversas: contra o Supremo, contra o aborto, mas principalmente, contra Lula e o PT. A tendência é que seja uma data muito movimentada politicamente, com mais tensão no ambiente institucional.</p>
<p><strong>As análises completas de Fabio Zambelli, analista-chefe do <span class="jota">JOTA</span>, sobre a semana para o governo </strong><strong>estão disponíveis também no<a href="https://instagram.com/jotaflash"> perfil do <span class="jota">JOTA</span> no Instagram</a> (<em>@jotaflash</em>) às sexta-feiras.</strong></p>


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JOTA

Moraes continua operando politicamente para esvaziar movimentos contra o Judiciário no 7 de Setembro

TV impulsiona candidatos de centro e TSE age em defesa das urnas

Candidatos de centro crescem nas pesquisas, contudo, nada garante que esse avanço seja sustentado nas próximas semanas