Luis Viviani

Para a sócia Angela Di Franco, do Levy &amp; Salomão Advogados, o enfraquecimento do CARF (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais), foi a maior frustração de 2016.
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Já um dos grandes diferenciais da banca em 2016 foi a criação de um programa interno de leniência para a Camargo Corrêa.
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Segundo a advogada, o objetivo é que os funcionários da companhia colaborem com a identificação de atos ilícitos investigados na operação Lava Jato.
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Na avaliação de Angela, em 2017, a Lei Anticorrupção continuará em destaque.
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“Esperamos também a segunda etapa da regularização de ativos no exterior e novos programas de anistia de créditos tributários”, afirmou.
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Leia a íntegra da avaliação da advogada sobre o ano de 2016 e as perspectivas para 2017:
Quais áreas registraram crescimento e garantiram faturamento em 2016? 
Em linhas gerais, 2016 foi um ano mais produtivo do que 2015, com destaque para o aumento de demanda nas áreas anticorrupção e compliance, concorrencial  e recuperações judiciais. Apesar da retração da economia, a área de fusões e aquisições também registrou crescimento acima do esperado.
Quais áreas tiveram retração em 2016? 
Nenhum área apresentou retração em 2017.
Os dois movimentos surpreenderam o escritório ou os avanços e recuos eram esperados nestas áreas? 
O aumento de demanda da área de fusões e aquisições foi positivamente surpreendente. A retração da economia sinalizava que 2016 não seria um ano de grandes projetos, o que acabou não se mostrando verdadeiro.  
Quais as grandes vitórias da banca em 2016? E quais as derrotas mais sentidas? 
Em 2016, um dos principais destaques da atuação do escritório foi a criação de um programa interno de leniência para a Camargo Corrêa – o Programa Interno de Incentivo à Colaboração (PIIC), inédito no Brasil – para que os funcionários da companhia colaborem com a identificação de atos ilícitos investigados na operação Lava Jato. Outros casos, por questões de confidencialidade, preferimos não mencionar.
Qual a maior frustração de 2016? 
Testemunhar o enfraquecimento do CARF após a paralisação em 2015. Nosso fluxo de trabalho não foi afetado, mas houve uma profunda frustração por parte dos clientes.
O que esperavam que aconteceria este ano que na prática não se concretizou? 
Esperávamos que a mudança de governo gerasse um efeito mais imediato na economia, o que não aconteceu.    
O escritório aposta em quais áreas para crescer em 2017? 
Como nos últimos anos, a demanda de trabalho nas áreas concorrencial e anticorrupção e compliance deve continuar alta. Acreditamos também que as áreas de financiamento de projetos e fusões e aquisições tendem a retomar seu fluxo normal de trabalho. Outra aposta do escritório para 2017 é a área de governo e políticas públicas. Já áreas como contencioso e tributário, possuem uma demanda contínua.
Quais as perspectivas para o mercado de advocacia para 2017 em um contexto de tanta instabilidade política e econômica? 
Momentos de crise aumentam as disputas e as oportunidades comerciais, gerando demanda por serviços jurídicos de qualidade. Em um cenário instável, escritórios consolidados que entregam trabalho de excelência realizado por profissionais com formação multidisciplinar e treinamento apropriado são aqueles que mais se destacam.
A atuação da Justiça em relação a companhias, como visto na Lava Jato e na Zelotes, abre espaço para um trabalho diferenciado de advogado? 
Sem dúvida, tal como ocorreu em 2015 e 2016.  Os dois últimos anos mostraram que demandas de trabalho trazidas por operações como a Lava Jato e a Zelotes requerem profissionais altamente qualificados, capazes de estabelecer uma estratégia considerando aspectos criminais, administrativos e de direito internacional.
Qual as perspectivas do escritório sobre o Judiciário em 2017? 
Confiamos que o julgamento dos recursos repetitivos e dos incidente de resolução de demandas repetitivas ajudarão a desafogar o Judiciário e trarão maior segurança jurídica ao país, atraindo novos investimentos estrangeiros.   
Se 2016 foi o ano da lei anticorrupção, que lei será o destaque neste ano? 
A Lei Anticorrupção ainda continuará em destaque em 2017.  Esperamos a segunda etapa da regularização de ativos no exterior e novos programas de anistia de créditos tributários.   
Raio-x do escritório 
Total de advogados: 43 
Sócios: 15 

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JOTA

Avaliação é de Angela Di Franco, sócia do escritório Levy & Salomão

Maior frustração de 2016 foi enfraquecimento do CARF

Avaliação é de Angela Di Franco, sócia do escritório Levy & Salomão