O secretário-executivo do Ministério da Saúde, Bruno Dalcolmo, deverá articular a transição de governo dentro da pasta. Segundo o ministro Marcelo Queiroga, no entanto, ainda não houve contato entre a equipe do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com o atual governo.
Antes de ser escolhido como o número dois da Saúde, Dalcolmo trabalhou nos ministérios da Economia e do Trabalho e Emprego, como braço-direito de Paulo Guedes e de Onyx Lorenzoni.
“Comigo, não (houve contato). Geralmente é o secretário-executivo (que cuida da transição), mas a gente está à disposição da sociedade brasileira para prestar os esclarecimentos que couberem de tal sorte que as políticas públicas continuem, porque elas são perenes, dependem de quem está à frente do ministério, do governo”, afirmou Queiroga.
A declaração foi dada nesta terça-feira (1º/11), após evento sobre o lançamento de plano de resposta para a poliomielite na Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), escritório da Organização Mundial da Saúde (OMS) nas Américas.
A equipe de Lula ainda não bateu o martelo sobre quem será o sucessor de Queiroga, mas a expectativa é de trocar todo o alto comando, além de outros cargos de livre nomeação. Nomes como os dos ex-ministros Arthur Chioro e Humberto Costa são cogitados para o cargo.
A transição é um procedimento padrão que ocorre quando há troca de governo nas eleições e começa oficialmente 48 horas após o resultado do pleito, definido em segundo turno na noite do último domingo. Com a medida, o novo governo tem a prerrogativa de incluir uma equipe de transição nos órgãos dos Três Poderes a fim de poder ter acesso a informações e a dados necessários para governar.