O período de isolamento para pessoas que testam positivo para Covid-19 será reduzido. A decisão foi anunciada hoje pelo Ministério da Saúde, depois de reunião com o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems). A estratégia prevê cenários distintos, conforme o estado do paciente.
Pessoas que têm diagnóstico laboratorial para Covid-19 e não têm sintomas por, pelo menos, 24 horas poderão ao fim do quinto dia fazer um exame. Se o resultado for negativo e não houver uso de medicamentos, o paciente poderá ser liberado para algumas atividades, desde que evite aglomerações e não esqueça do uso de medidas não farmacológicas, como uso de máscaras e higienização das mãos.
Caso o teste seja positivo, a recomendação é que se aguarde até o décimo dia para sair do isolamento.
No caso de pacientes com sintomas, a recomendação é de que se espere até o sétimo dia. Se, ao fim deste prazo não houver mais sinais da doença nem uso de medicamentos nos últimas 24 horas, o isolamento poderá ser encerrado. Mas, se houver algum desconforto, como febre ou dificuldades respiratórias, a recomendação é de que um novo teste seja realizado.
Com resultado negativo, o paciente poderá sair do isolamento. No entanto, caso o laudo seja positivo, a recomendação é de que o isolamento seja mantido até o décimo dia. Em todas essas situações, a recomendação é de que medidas de prevenção sejam mantidas – evitar aglomerações, viagens e manter uso de máscaras.
A mudança, que começou a ser estudada semana passada, leva em consideração a experiência de outros países e o avanço da Ômicron. A variante da Covid-19, que assustou o mundo no fim do ano passado pelo fato de ser muito mais contagiosa, mostrou até o momento ser menos agressiva do que as demais variantes. Os quadros graves estão associados principalmente a pessoas que ainda não se vacinaram.
A medida pode representar um alívio para empresas, que já se deparam com um aumento de funcionários que precisam se ausentar do trabalho por causa da infecção.
Ao anunciar a redução do prazo de isolamento, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, falou sobre as características da nova variante, que causa maior número de casos, mas menos graves. “Será sempre assim? Não sabemos”, disse ele. Questionado se as medidas não poderiam provocar um maior risco de contágio, uma vez que em alguns Estados e municípios o uso de máscara foi flexibilizado, Queiroga respondeu: “As recomendações são as mesmas. O cuidado é individual. E os benefícios são de todos.”