O ministro Alexandre de Moraes inseriu, nesta quinta-feira (2/6), o Partido da Causa Operária (PCO), de extrema esquerda, no inquérito das fake news, em que ele é o relator. Moraes determinou a investigação sobre postagens do partido, em redes sociais, que teriam criticado a atuação do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), defendendo a dissolução da Corte e ofendendo os seus membros.
Na decisão, Moraes deu cinco dias para que o presidente da legenda, Rui Costa Pimenta, seja ouvido pela Polícia Federal. Além disso, pediu para que as plataformas de tecnologia bloqueiem as contas do partido. Moraes ainda enviou uma cópia dos autos ao corregedor-geral eleitoral do TSE, Mauro Campbell.
De acordo com Moraes, em seu perfil na rede social Twitter (@PCO29), o partido divulga publicações de extrema gravidade, por meio da qual defende, sem qualquer restrição, a dissolução da Suprema Corte e cita os seguintes exemplos:
“Em sanha por ditadura, skinhead de toga retalha o direito de expressão, e prepara um novo golpe nas eleições. A repressão aos direitos sempre se voltará contra os trabalhadores! Dissolução do STF”
Alexandre de Moraes: candidatos que "divulgarem fake news" terão registro cassado. Em sanha por ditadura, skinhead de toga retalha o direito de expressão, e prepara um novo golpe nas eleições. A repressão aos direitos sempre se voltará contra os trabalhadores! Dissolução do STF!
— PCO – Partido da Causa Operária (@PCO29) June 1, 2022
“É preciso adotar uma política concreta contra a ditadura do STF. Lutar pela dissolução total do tribunal e pela eleição dos juízes com mandato revogável”.
“O STF é um tribunal criado para defender a burguesia e seus interesses. Foi um dos principais agentes do golpe de Estado, além de usurpar poderes e os direitos democráticos de toda a população”
“Os 11 ministros não eleitos do STF acreditam estar acima do voto dezenas de milhões de brasileiros, a própria existência da corte é antidemocrática, mas os togados ainda têm a capacidade de passar por cima da própria constituição e até mesmo fraudar as eleições”.
“Em 2022 as urnas eletrônicas serão ligadas diretamente a Sergio Moro e o TSE será comandado pelo lava jatista Fachin, pelo tucano fascista Alexandre de Moraes e pelo general Azevedo e Silva, que contrariava o STF durante a fraude eleitoral de 2018”.
“Um general no TSE é mais um indicativo da fraude eleitoral que a burguesia prepara para impedir o retorno de Lula ao governo. É preciso lutar contra o STF, os militares e todos os golpistas, por Lula presidente e um governo dos trabalhadores”
O caso será distribuído por prevenção ao Inq 4.781, o inquérito das fake news.