O Supremo Tribunal Federal (STF) sofreu 2.434.627 ataques cibernéticos considerados críticos em 7 meses — entre novembro de 2021 e maio de 2022. Segundo fontes do tribunal, este número corresponde a 93,8% de todos os ataques recebidos no site da Corte no período. No entanto, os ataques não foram bem-sucedidos. Se tivessem sido, poderiam ser danosos à segurança das informações da Corte.
Ataques críticos são aqueles em que pode haver algum tipo de comprometimento de segurança do site. Em analogia a uma casa, seria a capacidade de um hacker de penetrar até a porta, mas não conseguir adentrar no interior da residência. Ainda nesta classificação, 3,34% dos ataques foram considerados de severidade média e 2,44%, de alta e 0,33%, baixa. Em anos anteriores, a maioria dos ataques ao Supremo era do nível médio de alerta.
No entanto, as fontes também asseguraram que, embora se trate de um volume alto de ataques, os incidentes não tiveram eficácia e não afetaram os serviços oferecidos pelo site do tribunal, como peticionamento e acesso aos processos. Asseguraram que as ações de mitigação dos ataques foram efetivas.
Diante do volume de ataques, o Supremo vem aumentando os investimentos em segurança. Enquanto em 2021, o orçamento foi de R$ 1,8 milhão; para 2022, a previsão é de R$ 8 milhões e, para 2023, R$ 10,8 milhões.
Ainda segundo as fontes do Supremo, o ataque mais crítico foi o de abril de 2021. Na época, houve uma tentativa de invasão e o site da Corte foi retirado do ar.