Termina no próximo dia 28 de janeiro o prazo dado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) para que o presidente Jair Bolsonaro preste depoimento sobre o vazamento de informações sigilosas sobre o inquérito que investiga o suposto ataque de hackers às urnas eletrônicas em 2018.
No dia 13 de dezembro do ano passado, Moraes prorrogou para 60 dias o prazo total para que o depoimento do chefe do Executivo fosse tomado pela Polícia Federal. As investigações ocorrem no Inquérito 4878, no Supremo Tribunal Federal (STF) e Moraes é o relator.
A Polícia Federal não informou se o depoimento já foi agendado ou realizado.
No dia 4 de agosto de 2021, Bolsonaro divulgou na internet peças do inquérito policial que investiga suposta invasão a sistemas e bancos de dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), com acesso e divulgação de dados sigilosos do tribunal. A divulgação do inquérito faz parte da ofensiva de Bolsonaro contra a segurança dos sistemas eletrônicos do tribunal para defender o retorno do voto impresso.
Na sequência da publicação, o então presidente do TSE, Luís Roberto Barroso, enviou ao Supremo uma notícia-crime sobre a divulgação das informações por Bolsonaro. E, no dia 12 de agosto, o ministro Alexandre de Moraes abriu inquérito para investigar o presidente da República, o deputado federal, Filipe Barros (PSL-PR), e o delegado da Polícia Federal Victor Neves Feitosa Campos
De acordo com o despacho de Moraes pela abertura de inquérito, o vazamento de informações sigilosas, se confirmadas, podem configurar crime de divulgação de segredo com potencial prejuízo para a administração pública, previsto no Código Penal.