Juan Manuel Vergara Galvis é um brasileiro nascido em Bogotá, na Colômbia, no ano de 1959.
Filho de uma família bem situada e relacionada, Juan estudou no prestigioso Centro de Estudos Superiores em Administração (CESA), uma instituição de ensino superior, com foco em inovação, empreendedorismo, ética e liderança.
Contrariando a mãe, a artista plástica Zira Vergara, que queria o filho caçula por perto, Juan aceitou uma oferta da Phillip Morris e saiu do CESA para Nova York onde iniciou uma trajetória internacional que o levaria para o Brasil, depois para a Republica Dominicana e novamente ao Brasil.
Em São Paulo negociou uma parceria entre a Miller, marca de cerveja da Phillip Morris, e a Brahma. Desta parceria nasce o relacionamento com Magim Rodrigues, então diretor da empresa brasileira, que convidou Juan para trabalhar na área de marketing da Brahma. Estava no lugar certo para participar da fusão com a Antarctica, que deu origem a Ambev.
Foi diretor de várias áreas da nova companhia e um dos campeões da cultura “ambeviana” que começava a se tornar conhecida.
Com as fusões subsequentes, Juan assume papel de liderança na Anheuser-Busch Inbev, até 2007, quando sai da Companhia.
Até esse momento o propósito de Juan era seu bem-estar financeiro, e buscava alcançar seus resultados com afinco e determinação.
Quem o conhece pode imaginar a luta interna para definir, com método e clareza, um novo propósito para os anos seguintes. Propósito é o que se quer alcançar, aquilo que se busca atingir, o objetivo, a finalidade, o sonho.
A busca tinha motivações em livros que havia lido e, possivelmente, em personalidades como John Kennedy, para quem “esforço e coragem não são suficientes sem propósito e direção.”
O jornalista Pedro Nogueira, em texto recente resume a busca por propósito em duas palavras: talento e paixão. Ele explica que “isso, talvez, represente a essência do que é viver com propósito: encontrar um talento e direcioná-lo para um objetivo nobre. Produzir uma obra capaz de deixar marcas no mundo e na vida das pessoas.”
Juan usou o conhecimento adquirido em sua experiência corporativa e definiu como seu novo propósito ser um bom pai de seus quatro filhos, bom marido e bom amigo.
Para alcançar esses propósitos, os “enablers”, facilitadores, deveriam ser tempo disponível e boa saúde, durante toda a sua vida.
A questão do tempo livre não é simples e fez de Juan um “engenheiro de agendas”, sim, alguém capaz de otimizar seus compromissos de modo a ter o máximo de tempo disponível para seu propósito.
A questão da saúde era bem mais complexa para um homem de 48 anos, meio gordinho e que não era propriamente um exemplo da geração saúde. Estudou, ouviu muita gente e decidiu que precisaria tornar-se um atleta e, de certa forma, retomar o fio condutor de sua infância e de sua família.
Juan decidiu que a melhor maneira de enfrentar esse desafio era usar toda a sua experiência corporativa e estabelecer um BHAG, expressão cunhada por Jim Collins, um de seus grandes influenciadores. BHAG é o acrônimo em inglês para objetivo grande, cabeludo e audacioso (“big hairy audacious goal”).
Pois a meta do Juan foi tornar-se um atleta em triatlo, modalidade que reúne natação, ciclismo e corrida.
Ele não só se transformou em triatleta, como venceu provas, disputou competições de Ironman, venceu várias delas e se qualificou, duas vezes, para disputar o Ironman Havaí ou World Championship, evento anual de triatlo que ocorre anualmente. No Havaí, Juan Vergara completou a prova com o ótimo tempo de 10:39:41 horas, com parciais de 1:14:30 hora para os 3.8km de natação, 5:30:26 horas para os 180 km de ciclismo, e 3:48:20 horas para a maratona, subindo ao pódio.
Conversei com Juan Vergara sobre propósitos, como fazer para alcançá-los, o que tem de lições para a vida corporativa e o que tem de ensinamento para a vida de uma pessoa.
Convido você para assistir e conhecer esse meu amigo surpreendente, criativo e determinado.