O senador Renan Calheiros (MDB-AL), relator da CPI da Pandemia, afirmou nesta quarta-feira (22/9) que o colegiado precisa ouvir mais uma vez o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e o empresário Luciano Hang antes de ele apresentar o relatório final.
“Olha que eu quero encerrar. Já estava com relatório pronto. Mas precisamos ouvir novamente o ministro Marcelo Queiroga e também o empresário Luciano Hang”, disse.
O desejo de Renan de ouvir novamente o ministro da Saúde vai na contramão do que pensa o presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM). Segundo o senador amazonense, Queiroga retornaria à comissão para falar sobre a decisão da pasta em não recomendar a imunização de jovens entre 12 e 17 anos, mas o fato foi superado nesta terça-feira (21/9), após decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, de que a continuidade da vacinação dos adolescentes por estados e municípios deve ser decidida pelos governadores e prefeitos.
Nesta quarta, a CPI da Pandemia ouve o depoimento do diretor-executivo da Prevent Sênior, Pedro Batista Júnior. A empresa é suspeita de obrigar seus médicos a receitar medicamentos sem comprovação científica aos pacientes internados na sua rede hospitalar. Batista Jr. obteve do STF o direito de permanecer em silêncio nas respostas que podem autoincriminá-lo.
Jair Renan
A CPI ainda pode convocar Jair Renan Bolsonaro, filho mais novo do presidente. Na terça-feira (21/9), senadores reagiram a uma provocação e apresentam requerimentos para uma oitiva dele no colegiado.
Renan publicou um vídeo em uma loja de armas, na segunda (20/9), rindo e mostrando pistolas e funcionários. O filho do presidente disse: “Alô, CPI”.
Embora Aziz tenha afirmado que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), “adotará medidas” contra o filho do presidente, ele não sinalizou – tampouco Renan Calheiros – que apoiará a convocação do Bolsonaro “04”.