O presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), afirmou nesta quarta-feira (24/11) que a sabatina do ex-ministro André Mendonça, indicado a uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF), será realizada pela comissão na próxima semana. Alcolumbre explicou que vai ligar para os senadores que “pediram” a relatoria antes de definir o nome, mas garantiu que a indicação será feita.
Alcolumbre vai estabelecer um calendário para a sabatina de Mendonça e de outras nove autoridades que também precisam ter sua indicação aprovada pela comissão. “Vou seguir integralmente a decisão do presidente Rodrigo Pacheco de, no esforço concentrado, fazer a sabatina de todas as autoridades na comissão”, disse.
Há 18 indicações prontas para serem votadas em plenário e outras 19 que ainda dependem do aval de comissões. A negativa em indicar o relator da mensagem de indicação de Mendonça vem impedindo há meses a realização da sabatina prévia à votação em plenário.
Alvo de críticas, Alcolumbre se queixou na reunião de hoje da CCJ dos adversários que vincularam o atraso na sabatina à sua orientação religiosa – judaica. Mendonça é evangélico e sua indicação foi precedida de declarações do presidente Jair Bolsonaro de que o novo ministro do STF seria “terrivelmente evangélico” para agradar parcela do seu eleitorado.
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“Chegou-se ao cúmulo de transformar uma questão política institucional em um embate religioso, é inadmissível isso”, disse Alcolumbre. “Fico muito triste com isso porque minha relação com o povo evangélico é extraordinária em meu estado”, afirmou o senador.
A expectativa é de que a sabatina de Mendonça tome toda a reunião da CCJ destinada a ouvir o ex-ministro. Após passar pela comissão, a indicação será votada em plenário na mesma semana.
