Flavio Bolsonaro

Leia a íntegra da decisão que autorizou a prisão de Queiroz

Para MPRJ, ex-assessor de Flavio Bolsonaro continuava a delinquir e estava obstruindo as coletas de provas

Queiroz íntegra decisão
Crédito: Polícia Civil / Divulgação

Na manhã da última quinta-feira (18/6), foi preso preventivamente Fabrício Queiroz, ex-assessor e ex-motorista do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), após pedido do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ). A prisão foi decretada pelo juiz Flavio Itabaiana de Oliveira, da 27ª Vara Criminal do Rio de Janeiro. Leia a íntegra da decisão.

Em um documento de 80 páginas, o MPRJ diz que Queiroz continua a cometer crimes e tem atrapalhado o andamento das investigações e coletas de provas sobre o esquema de “rachadinhas” ocorrido na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) entre 2007 e 2018, quando Flavio era deputado estadual. Para o MP, Queiroz estaria contatando outros ex-servidores da Alerj para apagar registros de irregularidades cometidas anos antes. Além disso, estava fugindo.  Leia a íntegra do pedido do MP.

A investigação teve início com base em um Relatório de Inteligência Financeira (RIF) encaminhado espontaneamente pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF), na qual foram observadas “movimentações financeiras atípicas” envolvendo, direta ou indiretamente, dezenas de parlamentares estaduais, servidores e ex-servidores da Alerj.

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No dia 15 de abril de 2019, o MPRJ requereu a quebra dos sigilos bancário e fiscal de 95 pessoas, incluindo Flavio Bolsonaro e sua esposa e o ex-assessor Fabrício Queiroz, bem como seus familiares que exerciam cargos na Alerj.

No pedido, o MP ainda junta fotografias e mensagens de texto que “demonstram que, apesar de alegar não poder depor por suposta indicação médica, o operador financeiro da organização criminosa levava uma vida confortável e ativa, aparentando estar bastante saudável, chegando a ingerir bebidas alcoólicas e comer churrasco com ‘amiguinhas’ de seu filho”.

No ano passado, Queiroz não apareceu para prestar depoimentos ao MPRJ alegando que estava se tratando de um câncer.