Pandemia

Pandemia: fevereiro tem explosão de casos e aumento de medidas restritivas

Toque de recolher e lockdown marcam o fim do primeiro ano da pandemia do coronavírus no país.

Governos proíbem festas e definem horário especial para comércio a fim de evitar aglomerações. Crédito: Pixabay

O mês de fevereiro, que marca um ano da identificação do primeiro caso de infecção pelo coronavírus no país, foi o que mais registrou medidas de restrição à circulação desde o início da pandemia. Em todas as regiões brasileiras foram decretadas medidas mais duras de isolamento social para tentar conter o avanço de casos de Covid-19. 

Decisões como fechamento de áreas de lazer, de praias, aumento do toque de recolher noturno, limitação de horários do comércio em geral, proibição de festas e eventos, entre outras, deixam todo o país no vermelho, condição que deve perdurar pelas próximas semanas.

A realidade de expansão da doença em níveis quase fora de controle tem se imposto sobre o dilema entre flexibilização e reabertura e encorajado os gestores locais a endurecerem as medidas de distanciamento social.

Só nesta semana, a circulação de pessoas no período noturno foi decretada ou renovada no Amazonas, na Bahia, em Pernambuco, Mato Grosso do Sul e respectiva capital Campo Grande, além de Curitiba (PR) e João Pessoa (PB). A capital Palmas (TO) não chegou a decretar toque de recolher, mas limitou o horário de atividades comerciais consideradas não essenciais. 

No Distrito Federal, o governo decretou fechamento de todas as atividades comerciais e serviços considerados não essenciais a partir da meia noite do próximo domingo (28).

Em Santa Catarina, e também na Bahia, houve ainda medidas de lockdown específicas para este fim de semana.


Toque de restrição e regresso vermelho

No caso de São Paulo, foi determinado “toque de restrição”, pois deixa de fora alguns serviços essenciais e outras atividades. O foco é conter aglomeração de pessoas, principalmente jovens, em festas e outros tipos de eventos que envolvem o consumo de bebidas alcoólicas.

Para fiscalizar o cumprimento das novas determinações, o governo autorizou diferentes órgãos, entre eles a Polícia Militar, a adotarem ações de punição, advertência, multa e até prisão.

O estado, que identificou o primeiro caso de coronavírus do país, chega ao fim de fevereiro batendo sucessivos recordes de ocupação dos leitos de UTI, segundo o Comitê de Contingência da Covid-19.Também foi identificado aumento significativo no número de novas internações de pacientes com Covid em todas as regiões do estado.

O agravamento da doença levou à nova classificação do plano de retomada econômica, deixando todo o estado na fase laranja e duas regiões na vermelha. O Centro de Contingência informou nesta sexta-feira (26) que ainda avalia a possibilidade de criação de uma fase que seria ainda mais restritiva do que a atual fase vermelha, que permite o funcionamento apenas de serviços essenciais. A nova fase se aproximaria do chamado lockdown.

Com o esgotamento dos leitos não só em São Paulo, mas em praticamente todos os estados, outro tipo de medida que chamou a atenção em fevereiro foi a suspensão de cirurgias e outros procedimentos eletivos. Esta semana, foram suspensos os procedimentos eletivos em Roraima, Rio Grande do Norte e Santa Catarina e houve recomendação para suspensão em Salvador. 

Aulas presenciais

A área da educação é a única que ainda apresenta alguma perspectiva de manutenção das atividades ou retorno presencial no próximo mês em algumas localidades. Em Pernambuco, por exemplo, foi autorizado o retorno das atividades pedagógicas presenciais da rede pública. Campo Grande também liberou a retomada das aulas presenciais nos ensinos superior, médio e fundamental a partir de 08 de março.

As medidas dos estados e capitais sobre quarentena, isolamento social, lockdown, toque de recolher ou outro tipo de restrição, além das que tratam de impactos econômicos da pandemia, são acompanhadas diariamente pela ferramenta Tracking JOTA.

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