Os executivos dos estados e capitais concentraram suas decisões esta semana no reforço de protocolos sanitários para o comércio, educação e, principalmente, festas e eventos.
O mês começou marcado pela volta das restrições a algumas atividades econômicas e, do dia 15 até esta sexta-feira (18), não houve mudanças bruscas de rumo. O levantamento faz parte do Tracking Jota, que acompanha diariamente os diários oficiais dos estados e das capitais brasileiras.
O clima do fim de ano não parece ser de virada, mas sim de continuidade das principais medidas que marcaram 2020: prorrogação de benefícios fiscais, suspensão de prazos e mandatos, manutenção de regimes especiais de trabalho e a tentativa de liberação “controlada” dos diversos setores da economia.
O número de deliberações pelo envio de recursos financeiros para hospitais e o remanejamento de leitos de UTI e suporte ventilatório pulmonar para atender o aumento de pacientes infectados pelo coronavírus foi signficativo nos últimos dias.
Com o Natal mais perto, as restrições mantêm o tom da semana anterior. Campo Grande proibiu festas, eventos e reuniões de qualquer natureza acima de 40% da capacidade de lotação e do limite de 80 pessoas. O município mantém o toque de recolher.
O cerco aos eventos e reuniões de qualquer natureza, em ambientes públicos e privados, também foi fechado em Minas Gerais e Espírito Santo esta semana. Os capixabas definiram ainda protocolos mais rígidos para estabelecimentos de cultura e lazer. O município do Rio de Janeiro cancelou o réveillon e no Paraná, o governador manteve o toque de recolher.
Sinal verde para festas foi dado apenas em alguns estados do Nordeste, como Sergipe, que permitiu a realização de confraternizações, eventos festivos, shows e similares, celebrações de Natal, Reveillon, desde que respeitem o limite de 100 pessoas em ambientes fechados e 150 em lugares abertos.
No estado de São Paulo nova medida busca limitar a ocupação do comércio, dos shoppings e o horário de bares, restaurantes e de venda de bebidas alcoólicas. Já em Santa Catarina, a capital Florianópolis incorporou todos os decretos de prevenção emitidos pelo estado na tentativa de reforçar as medidas de isolamento.
O Conselho de Saúde do Distrito Federal se manifestou contrário à retomada total das atividades, principalmente nas escolas, enquanto não houver controle dos casos de infecção pelo coronavírus.
No Norte, Rondônia prorrogou a calamidade. E a única restrição publicada na semana foi do Macapá, que intensificou os cuidados até as vésperas do Natal e limitou o número de pessoas nos templos religiosos, que costumam atrair muito fiéis nas celebrações de fim de ano. Belém liberou o horário maior de funcionamento para o comércio, mas somente até 30 de dezembro.