Luis Viviani
Editor em São Paulo. Responsável pelas áreas de opinião e redes sociais. Formado em História e Jornalismo, começou como repórter no Jota em 2015. Email: luis.viviani@jota.info

Devido à crise econômica, o advogado e sócio Arilo Barroso Alcantara Filho, do escritório Freitas Macedo Advogados Associados, destacou as áreas cível, incluindo a recuperação de créditos, e trabalhista, como as que mais trouxeram crescimento ao escritório em 2015.
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Além disso, afirma que esses momentos de instabilidade política e econômica geram oportunidades para o desenvolvimento de projetos, principalmente em áreas como a trabalhista, reestruturação de dívida, bancário, contratual, tributário e cível.
“Neste sentido, compreendemos que a consultoria jurídica, visando a atuação preventiva, continua com grande potencial de desenvolvimento e crescimento efetivo”, analisa. Outras apostas do escritório são Direito Aeronáutico, Societário, Tributário e Compliance.
Sócio Arilo Barroso Alcantara Filho, do Freitas Macedo Advogados
Alcantara Filho também considera que a lei anticorrupção continuará a demonstrar sua “relevância social, necessidade de abrangência e efetivo cumprimento”. E que a entrada em vigor da nova lei de mediação e do novo Código de Processo Civil possibilitarão que novas práticas sejam “encaradas, entendidas e trazidas para a realidade”.
Veja a íntegra da entrevista:
Quais áreas registraram crescimento e garantiram faturamento em 2015? Quais áreas tiveram retração em 2015?
Considerando o formato full service de entrega do Freitas Macedo Advogados Associados, e também em razão da crise econômica brasileira, as áreas Cível, incluindo a Recuperação de Créditos, e Trabalhista, foram as que mais entregaram crescimento ao escritório. Em paralelo, em que pesem as condições macroeconômicas, a consultoria jurídica envolvendo negócios manteve-se estável.
Quais as grandes vitórias da banca em 2015? E quais as derrotas mais sentidas?
Mesmo em um cenário pouco otimista economicamente, a consolidação e o crescimento de contas com importantes clientes do escritório, alguns deles de grande relevância na estrutura econômica do Rio Grande do Sul, foram vitórias da banca em 2015.
Ainda, a entrada de três novos sócios no primeiro semestre de 2015, em sintonia com o projeto do Freitas Macedo, possibilitou ao escritório enfrentar um ano de desafios e preparar-se para as demandas de 2016 e dos próximos anos.
O que esperavam que aconteceria este ano que na prática não se concretizou?
Esperávamos crescimento da demanda por consultoria jurídica, pois acreditamos no grande potencial para a prestação desses serviços, com foco na prevenção do contencioso. Também acreditávamos no desenvolvimento de projetos de infraestrutura por parte de alguns clientes, que acabaram sendo adiados em razão da conjuntura política e econômica.
A paralisação do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) durante praticamente todo o ano afetou o escritório?
Sim, afetou, considerando, inclusive, o novo posicionamento em alguns julgados que passaram a ter um viés com tendência conservadora.
O escritório aposta em quais áreas para crescer em 2016?
Direito Aeronáutico, Trabalhista, Cível, Recuperação de Créditos, Societário, Tributário e Compliance.
Quais as perspectivas para o mercado de advocacia para 2016 em um contexto de tanta instabilidade política e econômica?
A instabilidade política e econômica gera oportunidades para o desenvolvimento de projetos em áreas como o trabalhista, reestruturação de dívida, bancário, contratual, tributário e cível. Neste sentido, compreendemos que a consultoria jurídica, visando a atuação preventiva, continua com grande potencial de desenvolvimento e crescimento efetivo.
A atuação da Justiça em relação a companhias, como visto na Lava Jato e na Zelotes, abre espaço para um trabalho diferenciado de advogado?
Com certeza. A área de Compliance, considerando a nova legislação nacional, abre ainda mais espaço para a atuação dos advogados envolvidos na implementação e manutenção de programas de integridade/compliance, tendo em vista a necessidade de maior utilização de ferramentas que garantam a ética e a integridade nas estruturas empresariais.
Quais as perspectivas do escritório sobre o Judiciário em 2016?
Nada em especial, salvo pela entrada em vigor do novo Código de Processo Civil e sua efetiva utilização.
Se 2015 foi o ano da lei anticorrupção, que lei será o destaque no ano que vem?
Entendemos que a lei anticorrupção continuará a demonstrar sua relevância social, necessidade de abrangência e efetivo cumprimento. Ainda, não podemos deixar de comentar a entrada em vigor da nova lei de mediação e do novo Código de Processo Civil. Portanto, há novos diplomas que trazem novas práticas a serem encaradas, entendidas e trazidas para a realidade.
Raio X do escritório
Número de clientes: 30
Número de sócios: 08
Número de advogados: 17 e 9 estagiários
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