Investigações do Ministério Público e da Comissão Internacional Contra a Impunidade na Guatemala, entidade ligada à Organização das Nações Unidas (ONU), apontaram o ex-ministro de Comunicações e Infraestrutura Alejandro Sinibaldi e o ex-candidato à Presidência da República Manuel Baldizón como beneficiários de um esquema de propinas da Odebrecht no país.
Executivos da Odebrecht já firmaram acordo com a Justiça guatemalteca, o que foi determinante para o andamento das investigações, bem como para a devolução do valor pago em propinas e materiais excedentes de obras no país, valor que pode chegar ao montante de US$ 38,9 milhões.
De acordo as investigações, iniciadas em janeiro de 2018, o ex-ministro Sinibaldi recebeu US$ 17,9 milhões, valor cobrado da Odebrecht em troca de a empreiteira ser favorecida no contrato de reforma e ampliação de uma rodovia no Sudoeste do país (Autopista CA-2 – Trecho Ocidental, na fronteira com o México), obra de US$ 300 milhões.
Já Baldizón, ainda de acordo com o trabalho das autoridades guatemaltecas, cobrou uma comissão de US$ 3 milhões para a campanha política de 2015, ameaçando a empresa diante da possibilidade de se eleger naquele ano presidente da República.
OBRA COM POSSÍVEL IRREGULARIDADE
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Ampliação da autopista CA-2 – Trecho Ocidental, nos trechos Cocales -El Zarco-Coatepeque -Tecún Umán