A senadora Simone Tebet (MDB-MS) aceitou o convite para ser ministra do Planejamento do governo Lula, informaram integrantes do MDB ao JOTA. Ela se reunirá com o presidente eleito nesta terça-feira (27/12) para formalizar o aceite ao convite.
De acordo com os membros do MDB, para convencer a ex-candidata à Presidência foi oferecido que o Programa de Parcerias e Investimentos (PPI) ficará ligado à pasta — a ideia inicial era vincular o órgão à Casa Civil. O futuro ministro da pasta, Rui Costa, já tinha até anunciado para a função o nome de Marcus Cavalcanti, secretário de Infraestrutura da Bahia.
Horas depois, o futuro ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, disse que o Programa de Parceria de Investimentos continuará a ser coordenado pela Casa Civil, como proposto inicialmente pelo governo eleito. O petista afirmou que a pasta do planejamento participa do comitê gestor e que o convite a Tebet foi feito nessa estrutura, com sinalização positiva da senadora.
Inicialmente, Tebet havia demonstrado interesse em assumir uma pasta na área social, mas enfrentou resistências do PT, partido do presidente eleito.
Terceira colocada no pleito presidencial, Simone Tebet teve a preferência de 4.915.423 eleitores, o que correspondeu a 4,16% dos votos válidos. Ao lado de Marina Silva, que deve ser nomeada ministra do Meio Ambiente, a senadora foi uma aliada importante no segundo turno das eleições. Ela se tornou um símbolo da frente ampla que congregou críticos a Lula e ao PT para impedir a reeleição de Jair Bolsonaro.
“Ainda que mantenha as críticas que fiz a Lula, depositarei nele o meu voto, porque reconheço nele o compromisso com a democracia e a Constituição, o que não vejo no outro candidato”, disse ela em pronunciamento na quarta-feira seguinte ao primeiro turno.
“O que está em jogo é muito maior do que cada um de nós. Votarei com a minha razão de democrata e minha consciência de brasileira. Omitir-me seria trair minha trajetória de vida pública. Agora, não cabe a omissão da neutralidade”, afirmou na ocasião.
Depois disso, Tebet se engajou na campanha, tanto virtualmente quanto presencialmente. Ela foi, inclusive, a Minas Gerais, estado crucial para a eleição presidencial, pedir votos para Lula. O presidente eleito teve 50,2% dos votos válidos no estado.
A reportagem foi atualizada às 13h18 de 27 de dezembro de 2022 para incluir a fala de Alexandre Padilha sobre o PPI |