
O deputado federal e pré-candidato à presidência da República Jair Bolsonaro (PSC) produziu grande engajamento nas redes sociais, desde a última sexta-feira (13/7), mas em uma das primeiras vezes nos últimos dois meses o deputado teve alto grau de interações a partir de uma série de reportagens de abordagem crítica.
Desde sábado (14/7), Bolsonaro tem atraído atenções negativas na imprensa tradicional e entre adversários por declarar endosso aos policiais responsáveis pela chacina no município de Eldorado dos Carajás, no Pará, em 1996.
O deputado agregou, apenas no sábado, 298,8 mil engajamentos nos links que repercutem a fala que fez em visita ao Pará. Foi, com sobras, o maior volume diário de interações em links sobre Bolsonaro ao longo da semana, cerca de 200% superior aos números obtidos entre 08 e 11 de julho.
Para além do tamanho da repercussão nas redes, a novidade está que ela foi dominada por interações negativas para o deputado, devido às características dos links que repercutiram a declaração sobre Carajás.Os dados foram captados pelo Diretoria de Análise de Políticas Públicas da FGV (DAPP-FGV).
No domingo (15/7), no entanto, a página oficial do deputado federal compartilhou no Facebook uma imagem de alto impacto positivo junto a seus seguidores: em uma plantação de Sidrolândia (MS), vê-se escrita, a partir de enfoque aéreo, a expressão de apoio “Bolsonaro 2018”.
A postagem agregou 72,1 mil engajamentos, entre reações, compartilhamentos e comentários positivos; foi a publicação de Bolsonaro com maior volume de interações desde 28 de junho, quando o pré-candidato à Presidência destacou sua recepção ao chegar ao aeroporto de Fortaleza , no Ceará.
As redes sociais são a grande aposta do candidato para interagir com os eleitores. Afinal de contas, Bolsonaro tem menos tempo de TV e recursos do que os adversários.
Para o DAPP, o bom resultado da imagem que compartilhou no Facebook no domingo evidencia a proximidade que obteve com o eleitorado de produtores rurais por alinha-se com a agenda como apoio ao porte de armas para proprietários rurais, o incentivo econômico a setores agropecuários e o foco na defesa de produtores e donos de plantações e rebanhos.