Pesquisa da Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira (9/2) mostra em que regiões do país o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem maior vantagem sobre o segundo colocado, o presidente Jair Bolsonaro (PL) e em qual delas os dois travam a disputa mais acirrada.
Entre os eleitores do Nordeste, Lula obtém a sua maior margem contra o presidente: 61% a 13%. Mas, no Centro-Oeste, por exemplo, o petista aparece com 32% das intenções de voto contra 31% de Bolsonaro. No Sudeste, o ex-presidente tem 40% contra 26% do atual mandatário. (Veja todos os índices abaixo)
A pesquisa apresentou ao eleitor quatro cenários distintos de candidatos à presidência em 2022. Neles, Lula variou de 45% a 47%, enquanto que Bolsonaro obteve entre 24% e 26%. Os melhores índices numéricos deles aparecem quando o ex-juiz Sergio Moro (Podemos) não aparece na disputa.
Ciro Gomes (PDT) tem índices que variam de 7% a 9%, mesmos percentuais de Moro nos cenários em que ele aparece. O nome de João Doria (PSDB) foi colocado em dois cenários e aparece neles com 2% e 3%. (Veja ao final da reportagem os cenários)
A pesquisa buscou saber o quanto o eleitor está convicto do voto para presidente ou o quanto ainda cogita mudar a escolha, a depender do cenário e do noticiário. Ao todo, 58% dos entrevistados disseram que a escolha é definitiva e 40% informaram que podem mudar caso algo aconteça.
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Os eleitores de Lula estão mais convictos no voto do que os de Bolsonaro. Entre os que votam no petista, 74% responderam que não vão mudar a escolha, enquanto que, entre os eleitores de Bolsonaro, esse índice fica em 65%.
Os eleitores de Ciro Gomes, Moro e Doria estão menos convictos. No caso do candidato do PDT, 62% disseram que ainda podem mudar de voto. Entre os eleitores do ex-juiz, o índice fica em 70% e os de Doria, 73%.
Áreas mal avaliadas no governo
Oito em cada vez brasileiros desaprovam o jeito como o presidente está lidando com o combate à inflação. A desaprovação da condução de Bolsonaro varia em outras áreas de 61% (redução da criminalidade) a 65% (combate à Covid-19).
O levantamento foi registrado na Justiça Eleitoral sob o número BR-08857/2022, no último dia 3. Foram feitas 2 mil entrevistas entre os dias 3 e 6 de fevereiro. A margem de erro é de dois pontos percentuais.
Maioria rejeita teto de gastos
A pesquisa questionou os eleitores sobre outros temas, como a PEC de teto de gastos e a reforma trabalhista de 2017. Com relação ao primeiro assunto, 40% disseram ser contra a proposta e 32% a favor. A desaprovação é maior entre os mais pobres.
Sobre a reforma trabalhista de 2017, 53% disseram ser contra e 27% a favor. Os eleitores de Lula são mais críticos à reforma do que os de Bolsonaro. O levantamento também apontou que 58% acreditam que a reforma foi errada e
deve ser revogada, mesmo que em parte e 21% disseram que ela foi correta e deve continuar.
Entre os eleitores de Lula, 67% querem que a reforma seja revogada. No caso daqueles que votam em Bolsonaro, esse índice fica em 41%.