Uma nova pesquisa Genial/Quaest divulgada na manhã desta quarta-feira (17/8) indica um cenário estabilidade para corrida pelo Palácio do Planalto. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva mantém-se à frente, com 45% das intenções de voto no primeiro turno, enquanto seu principal adversário, o presidente Jair Bolsonaro, marcou 33%. A diferença de 12 pontos percentuais entre os dois é igual à registrada no levantamento anterior.
Ciro Gomes (PDT) registrou 6% e Simone Tebet (MDB), 3%. Os demais candidatos não pontuaram. Indecisos somam 6%, o mesmo percentual dos que disseram que votariam em branco, nulo ou não compareceriam às urnas. No caso de um eventual segundo turno, o candidato petista venceria com 51% dos votos, contra 38% de Bolsonaro.
A pesquisa ouviu presencialmente duas mil pessoas com mais de 16 anos entre os dias 11 e 14 de agosto nas 27 unidades da federação, abrangendo 123 municípios, através da aplicação de questionários estruturados. O nível de confiança é de 95%, com margem de erro máxima de 2 pontos para cima ou para baixo, em relação ao total da amostra. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o número 01167/2022.
Os resultados do levantamento mostram que não houve impacto significativo do início do adicional de R$ 200 no Auxílio Brasil e da redução do preço dos combustíveis nas intenções de voto. A pesquisa constatou que 58% dos eleitores sabem que o autor das medidas é Bolsonaro. Apesar disso, 62% consideram que os ajustes no benefício e no Vale-Gás são estratégias eleitorais do presidente. Apenas 33% afirmaram acreditar que são medidas cujo fim é ajudar as pessoas. Além disso, Lula cresceu 5 pontos percentuais entre os eleitores que recebem Auxílio Brasil.
O atual chefe do Executivo conseguiu melhorar entre o segmento evangélico, onde subiu 4 pontos percentuais e alcançou 52% das intenções de voto. São 24 pontos de vantagem contra o petista. O ex-presidente vai melhor entre os católicos, estrato em que registra, também, 52%, enquanto Bolsonaro anota 27%.
Lula mantém o melhor desempenho entre os que ganham até dois salários-mínimos, faixa em que tem o apoio de 55% dos eleitores, ao passo que Bolsonaro tem 27%. O presidente leva vantagem entre os com renda superior a cinco salários mínimos, com 41% das intenções de voto em comparação aos 33% de petista.
Por região, o cenário no Nordeste apresenta-se confortável ao ex-presidente, que registra 61% a 21% de Bolsonaro. O atual mandatário lidera na região Sul, com 46%. Nas demais regiões, os dois candidatos estão praticamente empatados.
Hoje, 65% dos eleitores dizem que seu voto é definitivo, contra 33% que admitem a possibilidade de mudança.