Mais de 800 candidaturas tiveram o registro contestado pelo Ministério Público Eleitoral (MPE) até o momento. O Partido da Causa Operária (PCO) também teve o registro do partido questionado, já que a única mulher candidata à Câmara dos Deputados é mãe de outro candidato.
Para concorrer às eleições, é necessário não estar enquadrado nas causas de inelegibilidade da Lei da Ficha Limpa, além de atender outros requisitos previstos na legislação. Após o registro, a Justiça Eleitoral dá o prazo de cinco dias para que o Ministério Público, candidatos adversários, partidos, coligações e federações contestem candidaturas.
Trinta candidatos sofreram impugnações pela Ficha Limpa, como o ex-deputado federal Eduardo Cunha. As candidaturas foram contestadas por suspensão dos direitos políticos, condenações criminais, por improbidade administrativa, por abuso de poder político e econômico, por demissão do serviço público em decorrência de processo administrativo, entre outros motivos.
O estado de São Paulo tem aproximadamente um quarto das impugnações, seguido pela Paraíba, pelo Mato Grosso, pelo Rio Grande do Norte e pelo Distrito Federal. No Rio de Janeiro, as candidaturas de Wilson Witzel, Daniel Silveira e Roberto Jeferson foram questionadas.
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Também pode ser contestado o Demonstrativo de Regularidade de Atos Partidários (Drap). Em quatro casos, o MPE constatou descumprimento da cota de gênero. Na Paraíba, o Drap do PCO foi questionado, já que, na lista de três candidaturas para o cargo de deputado federal, a única mulher é mãe de outro candidato. Para o MPE, há forte indício de registro fraudulento, com o objetivo de preencher percentual mínimo de gênero.