
Pouco menos da metade dos eleitores brasileiros são contrários à descriminalização do aborto em estágios iniciais da gravidez e que o procedimento seja realizado no SUS. Para 35%, o aborto não deveria ser crime – outros 16% não souberam opinar.
Para responder à questão, foram ouvidas 5 mil pessoas pelo Nosso Papo Reto, iniciativa do JOTA e do Instituto Brasileiro de Pesquisa e Análise de Dados (IBPAD) que perguntou aos eleitores o que eles pensam sobre temas centrais de políticas públicas e de interesse nacional. O projeto foi patrocinado pelo YouTube.
Entre os potenciais eleitores dos candidatos à presidência Lula (PT) e Ciro Gomes (PDT), 46% são favoráveis à descriminalizar o aborto e que o procedimento esteja disponível na rede pública – nos casos em que ele não é crime hoje, isto é, quando a gestação não é decorrente de estupro, não representa risco de vida à gestante e se o feto é anencefálico.
Já a parcela de Jair Bolsonaro (PL) contra a criminalização do procedimento em estágios iniciais da gestação é de 24%. Para aqueles que disseram preferir Simone Tebet (MDB), 41% são favoráveis.
O site Nosso Papo Reto demonstra que o diálogo entre pessoas que votam em candidatos de polos opostos ou têm opiniões distintas é possível – e, mais do que isso, recomendável.
Os resultados da pesquisa deram origem a um quiz do Nosso Papo Reto em que os participantes são convidados a tentar adivinhar como pensam os apoiadores de outros grupos políticos sobre temas relevantes da agenda nacional. Ao fim, há uma comparação entre a expectativa de resposta e o que o outro grupo respondeu.