Pesquisa da Quaest/Genial mostra que 32% dos brasileiros acreditam que a economia do país vai piorar em 2022. Em agosto, eram 25%. Por outro lado, agora são 44% os que acreditam na melhoria da economia no próximo ano, contra 50% no mês anterior. O número de brasileiros que não acredita que o país irá controlar a inflação nos próximos meses permaneceu estável. Eram 64% em agosto e agora são 65%.
Enquanto a pandemina vem perdendo espaço entre as maiores preocupações da população, a economia vem ganhando terreno. Em julho, a pandemia era a principal preocupação para 41% das pessoas, caiu para 36% em agosto e agora para 28%. Ao mesmo tempo, a economia era a principal preocupação para 10% em julho, variou para 13% em agosto e agora chega a 21%.
Entre aqueles que ainda não se vacinaram contra a Covid, 22% dizem que não pretendem tomar a vacina e 74% que sim.
A pesquisa foi feita com 2.000 pessoas e de forma presencial. A empresa aplicou um modelo conhecido como MRP (Multilevel regression with poststratification) para ajustes posteriores da amostra. Essa prática é bastante estudada nos Estados Unidos e defendida por acadêmicos como Andrew Gelman. É uma boa prática para melhorar a confiabilidade do modelo.
Eleições
Na pergunta espontânea sobre eleições, Lula aparece com 23% (mesmo valor da pesquisa anterior), enquanto Bolsonaro oscilou para 15% (contra 18% na anterior). O número de indecisos fica em 58%.
A pesquisa perguntou ainda quem o eleitor prefere que vença em 2022. Para 45%, a preferência é por Lula, 25% disseram nem Lula e nem Bolsonaro e 23% Bolsonaro.
A maior razão para o voto em Lula é a gestão (59%), seguida por economia (12%) e o sentimento anti-Bolsonaro (8%). Já a maior razão para o voto em Bolsonaro é gestão (27%), seguida por anti-petismo (25%) e características pessoais (19%).