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Pesquisa inédita da consultoria Quaest, feita entre 21 e 24 de setembro, mostra que Jair Bolsonaro (sem partido) tem 41% de avaliação negativa (ruim e péssimo) e 27% de avaliação positiva (ótimo e bom). Mas na comparação com a rodada anterior de pesquisa da Quaest, o presidente viu sua situação melhorar bastante. Em junho, eram 54% de ruim e péssimo e 21% de ótimo e bom. Ou seja, a avaliação negativa, desde o pior resultado atingido pelo presidente na série histórica da pesquisa, caiu 13 pontos percentuais, enquanto a positiva subiu 6 pontos.
A Quaest também testa a avaliação neutra com escalas, perguntando se a pessoa é neutro com viés positivo ou negativo. Essa é uma diferença importante em relação a outros institutos. A pessoa pode preferir escolher uma das escalas de neutro ao invés de bom ou ruim, por exemplo. Com essas respostas neutras é possível agrupar a avaliação apenas entre positiva e negativa. Nessa análise, são 52% que reprovam o governo e 42% que aprovam.
Ao analisarmos subgrupos, os evangélicos são os que dão maior apoio ao governo – com 35% de ótimo ou bom. O apoio também é maior nas regiões norte, sul e centro-oeste. Por fim, há uma clara divisão de gênero. Os homens avaliam o governo melhor do que as mulheres: 36% de ótimo e bom contra 19%.
A coleta da pesquisa foi feita aleatoriamente por internet. A amostra tem 1.000 respondentes dos 26 Estados e Distrito Federal. Após a coleta, o time da Quaest pós-estratificou os dados usando variáveis como sexo, idade e região. A margem de erro é de 3.1 pontos percentuais em um intervalo de confiança de 95%.
Rumo do país
A pesquisa também mostra que para 49% o país está no rumo errado e para 32%, no rumo certo. Em junho, eram 63% que diziam estar no rumo errado e 20% no rumo certo.
Os resultados da pesquisa da Quaest foram adicionados ao agregador de popularidade do JOTA. Com isso, na mais recente versão do agregador, Bolsonaro aparece com 35,5% de avaliação positiva e 35,6% de avaliação negativa, além de 26,7% de neutro. Considerando o intervalo de credibilidade, tanto a avaliação positiva quanto a negativa têm máximo de 39,5%.
Ferramenta interativa
O agregador de pesquisas do JOTA mede a popularidade de todos os presidentes da República desde 1988. Recentemente, por exemplo, mostrou que a popularidade de Jair Bolsonaro (sem partido) se estabilizou após sucessivo aumento nos últimos meses. Na última medição, as curvas aparecem estáveis tanto no ruim/péssimo como no ótimo/bom, com um pequeno viés de alta no primeiro caso e de queda, no segundo, que ainda não podem ser confirmados. Veja a figura:
Já a ferramenta interativa do agregador de popularidade permite que o usuário faça as suas próprias análises. É possível recortar pelo tipo de resposta (aprovação, desaprovação, regular ou não soube responder) ao longo do tempo e tirar as próprias interpretações sobre a oscilação da popularidade dos presidentes. Os dados permitem olhar os presidentes desde Fernando Collor de Mello.
Conheça a ferramenta e entenda a metodologia utilizada pelo JOTA Labs.
O JOTA tem experiência com esse tipo de modelo de agregação de pesquisa. Na eleição de 2018, o agregador chegou mais perto do resultado final do que qualquer instituto. No agregador, atualizado na véspera da eleição, o candidato Jair Bolsonaro aparecia com 54,8% de votos válidos, e ele acabou com 55,1% do total de votos válidos. Já Fernando Haddad apareceu no agregador com 45,2%, terminando nas urnas com 44,9% dos votos válidos. A diferença de apenas 0,3 pontos percentuais ficou muito abaixo do intervalo de confiança estabelecido pelo modelo e mais próxima da realidade do que os institutos individualizados.
O Sem Precedentes desta semana analisa o voto antecipado do ministro Marco Aurélio Mello, do STF, que reconhece a possibilidade de o presidente Jair Bolsonaro prestar depoimento por escrito à Polícia Federal no âmbito do inquérito que apura possível interferência do presidente na PF. Ouça: