Economia compartilhada

Aplicativo da 99 contribuiu indiretamente com R$ 54,2 bi para o PIB em 10 anos

Só no Centro-Oeste impacto indireto do app no conjunto de riquezas produzidas na região soma R$ 3,27 bilhões em três anos

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Crédito: Viktor Bystrov/ Unsplash

Não é só na vida dos motoristas parceiros que os rendimentos propiciados por empresas de transporte por aplicativo fazem a diferença. No período de 2012 a 2021, a 99 injetou indiretamente R$ 54,2 bilhões no PIB, o produto interno bruto, do Brasil –84,5% desses recursos incidiram nos últimos três anos. Só na região Centro-Oeste, houve um acréscimo de R$ 3,27 bilhões no PIB, entre 2018 e 2021. Os dados são de uma pesquisa realizada pela Fipe, a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas.

“A pesquisa considera o impacto da renda gerada pelos motoristas parceiros por meio da 99 em seus gastos mensais em outros setores da economia, desde custos operacionais, como gasolina, até gastos com suas famílias, alimentação, por exemplo. Essa renda é gerada em diferentes partes do país, então, movimenta cadeias produtivas no Brasil inteiro”, explica Eduardo Amaral Haddad, professor da FEA-USP e diretor de pesquisas da Fipe.

Esse efeito positivo na cadeia pode ser mensurado pela geração indireta de postos de trabalho formais em outros setores, principalmente no comércio. De 2019 a 2021, a região Centro-Oeste registrou a geração de 76,9 mil empregos a partir da contribuição da atividade da 99. O crescimento no período foi de 43,1%, aumento superior à média nacional, de 33,6%. Em todo o país, a empresa já contribuiu para a criação indireta de 1,2 milhão de postos de trabalho formais, entre 2012 e 2021.

Embora seja menos urbanizado, quando comparado ao Sul e ao Sudeste, o Centro-Oeste é estratégico para o desenvolvimento do país. “A região contribui com cerca de 10% do PIB nacional. Apesar das atividades da 99 serem mais relacionadas ao ambiente urbano, seu impacto na economia do Centro-Oeste cresceu 38%, entre 2019 e 2021, de R$ 916 milhões para R$ 1,27 bilhão, o que se assemelha ao crescimento em outras partes do país”, aponta Haddad.

Ele destaca que a participação do Centro-Oeste no impacto da 99 sobre o PIB brasileiro cresceu nos últimos anos por volta de 0,25 ponto percentual. “Já representa 7,24% do impacto total da companhia no país, significando uma importância cada vez maior para a economia local, seja por meio da geração de renda direta para os motoristas, mas, principalmente, por sua participação na cadeia de valor da 99.”

Os impactos na região Centro-Oeste estão associados também à cadeia produtiva regional, em especial, o agronegócio. “Há um efeito de encadeamento intersetorial, seja ao fornecer insumos para a produção de combustíveis de fontes renováveis, seja ao fornecer produtos agrícolas para a indústria de alimentos, ou para os consumidores finais. Essa demanda não é apenas percebida pelo setor agropecuário, mas serve também de estímulo para o mesmo”, explica o economista.

Lucro das locadoras de veículos

A economia compartilhada, em especial o setor de transporte de aplicativo, já é uma realidade há anos e os economistas buscam, agora, quantificá-la com mais precisão dentro do PIB. “Estudos como os que vêm sendo capitaneados pela 99 nos ajudam a solucionar parte de um quebra-cabeça mais amplo. A economia compartilhada está presente hoje em diversos setores econômicos do país”, afirma Haddad.

As locadoras de veículos, por exemplo, viram o faturamento crescer em função do transporte por aplicativo. Depois de um baque no início da pandemia, a Localiza, a maior do mercado, desenha a sua recuperação em V. Em 2018, a empresa caminhava bem e havia registrado lucro líquido de R$ 659 milhões, um aumento de 17% em relação ao ano anterior. Só no primeiro trimestre de 2022, essae valor foi de R$ 517,4 milhões. No mercado, a estimativa é que 20% do segmento de aluguel de veículos seja voltado aos motoristas de aplicativo, as locadoras não divulgam essa informação.

Outro dado que demonstra a contribuição do setor para a economia do país é o da compra de veículos para trabalho, que, também em 2018, ajudou para a alta de 4,1% dos investimentos na economia – índice que estava em queda desde 2013. Segundo o IBGE, a compra de automóveis para trabalho conta como investimento, e não como consumo das famílias.

“Investimos continuamente para fazer a diferença na sociedade, assegurando aos nossos parceiros uma plataforma segura, ágil e que ofereça uma opção acessível de geração de ganhos através da tecnologia. Esse estudo corroborou com esse foco e investimento, demonstrando o quão o motorista da plataforma é um agente de transformação da economia”, afirma Diogo Souto Maior, diretor de políticas públicas da 99.

Comunicação, serviços e mobilidade são alguns aspectos em que a tecnologia entrou com força para mudar a vida dos brasileiros. O estudo da Fipe demonstra como essa nova economia, na qual se enquadram as plataformas que fazem a intermediação entre usuários, transformou, direta e indiretamente, a renda de muitas famílias. “Essa contribuição é imprescindível porque impacta a vida da população a partir da movimentação dos negócios em outros setores produtivos, seja local ou regional. Além de melhorar a mobilidade, temos papel ativo em como as famílias dos parceiros e parceiras movimentam seus e outros ecossistemas”, lembra Souto Maior.

Ações de bem-estar do motorista

Para além dos bons números que ajudam a economia do país, a 99 busca atender às necessidades dos motoristas e otimizar a parceria com eles. “Estudamos e ouvimos nossos parceiros. Desenvolvemos o DriverLAB, um centro de inovação com mais de 100 pessoas dedicadas a pensar no bem-estar do motorista, ampliando o leque de oportunidades de redução de custos e garantia de ganhos, com iniciativas como o kit gás, 99Loc e a Aliança Pela Mobilidade Sustentável, que busca acelerar a adoção e disponibilização de veículos elétricos e tecnologias de apoio para os motoristas de forma simples e acessível”, afirma o diretor da 99.

Ele lista ainda outras iniciativas como o Programa Mais Ganhos, que integra o 99 Taxa Zero, Preço Dinâmico, Ganho por Deslocamento, Taxa de Congestionamento, Proteção Anticalote, Taxa de Cancelamento, entre outros, que visam manter um cuidado perene com os motoristas parceiros.

“Nesses 10 anos de existência, temos investido para estar onde o serviço é necessário, priorizando a acessibilidade e integração modal. Nossos dados mostram como a maior parte das nossas corridas, especialmente em grandes capitais, estão em áreas de menor renda, reforçando nosso valor de promover acessos principalmente para a periferia e interior dos estados”, lembra o executivo.

Mobilidade sustentável

No futuro, a empresa tem planos de investir cada vez mais na mobilidade sustentável. “Queremos ampliar o que já temos feito: inovação e tecnologia a serviço da sociedade. O incentivo e compromisso com os carros elétricos já estão em andamento”, afirma.

A ideia é transformar os veículos elétricos em uma realidade e, para isso, a empresa já firmou compromissos importantes: alcançar 10 mil automóveis desse tipo na plataforma até 2025; criar 10 mil estações públicas de carregamento em todo o Brasil no mesmo prazo; e zerar a emissão de carbono no app da 99 até 2030.

“A 99 lidera a Aliança pela Mobilidade Sustentável, coalizão de forças para democratizar o acesso aos carros elétricos no Brasil, reduzindo a emissão de CO2 e oferecendo vida melhor para os grandes centros urbanos. Motoristas conseguem reduzir gastos mensais de 70% a 80% com troca de combustível fóssil por energia elétrica, por exemplo”, conclui Souto Maior.

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