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Durante isolamento, brasileiros têm passado 45% mais tempo no Twitter

Diretora-geral do Twitter Brasil, Fiamma Zarife, identifica mudança na tendência das interações desde o início da pandemia

Twitter
Zarife: “Nosso papel nesse momento [com as marcas] é muito de consultoria, de estar junto com elas, de mãos dadas". Crédito: YouTube

No dia 19 de março, 80% das conversas no Twitter eram voltadas à pandemia, com as pessoas querendo saber a evolução da Covid-19. À medida que o tempo foi passando, as pessoas começaram a se voltar para seus interesses e suas paixões, destaca a diretora-geral do Twitter Brasil, Fiamma Zarife.  Segundo ela, hoje a tendência na rede social é por interações ligadas ao cuidado com a casa, com o corpo e moda.

No início do isolamento social no Brasil, a música foi outro assunto que passou a ser muito buscado. “No ranking do YouTube, das cinco principais lives [durante a pandemia], quatro são brasileiras, e a gente viu esse reflexo no Twitter, com as pessoas acompanhando”, lembra Zarife. “Nosso papel é de organização, de reunir as principais histórias sobre trabalho remoto, reunir as principais histórias de como as pessoas estão se divertindo na plataforma”.

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Em sua avaliação, a crise teve três momentos para as marcas: pausa do investimento, fase de repensar a estratégia, e agora a terceira fase, de imaginar o futuro. “Nosso papel nesse momento [com as marcas] é muito de consultoria, de estar junto com elas, de mãos dadas. Não é um momento de venda, é um momento de pensar o que fazer”.

Ela ressalta, por exemplo, que há buscas por roupas “do teclado para cima”, por causa do home office, e de maquiagem para os olhos, que ganhou importância por causa do uso de máscaras. “São todas essas conversas, esses comportamentos, que estão mudando” diz. “A gente vê as marcas olhando muito atentas esses insights que temos o tempo inteiro pela natureza do Twitter”.

A diretora-geral do Twitter Brasil participou nesta quinta-feira (4/6) de webinar promovido pelo JOTA.

No primeiro trimestre, o Twitter teve no Brasil um aumento de 36% no número de visitantes únicos, e o total chegou a 61 milhões. Durante a pandemia, houve uma elevação de 45% na média de minutos que as pessoas passam na plataforma. “Esse é um reflexo do isolamento, das pessoas buscando o Twitter para se informar e para se comunicar, para conversar sobre as coisas que estão acontecendo”, avalia Zarife.

Desinformação

A diretora-geral do Twitter Brasil, Fiamma Zarife, afirma que o combate à desinformação é uma questão de sobrevivência do negócio.

E citou medidas que foram tomadas durante a pandemia. “A gente redobrou o uso de machine learning, de inteligência artificial, para coibir qualquer tentativa de manipulação da plataforma, de espalhar desinformação. De março a maio, desafiamos mais de 4 milhões de contas”, destaca.

Zarife considera o Twitter um celeiro de movimentos culturais. “É uma plataforma que é o termômetro da sociedade, que cria os movimentos, que empurra os movimentos culturais”, diz. “A gente precisa que as pessoas sintam que ali é um ambiente seguro, onde elas podem se expressar, onde as minorias podem gritar”.

Em sua avaliação, a regulamentação em um ambiente desses tem que ser muito discutida.

Webinars

A conversa com Fiamma Zarife faz parte da série de webinars diários que o JOTA está realizando para discutir os efeitos da pandemia na política, na economia e nas instituições. Todos os dias, tomadores de decisão e especialistas são convidados a refletir sobre algum aspecto da crise.

Entre os convidados, já participaram do webinar estão o apresentador e empresário Luciano Huck, o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro, o presidente do STF, Dias Toffoli, o ministro Gilmar Mendes, o ministro Luís Roberto Barroso, o prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), a presidente da CCJ do Senado, Simone Tebet (MDB-MS), o presidente da Comissão de Agricultura da Câmara, Fausto Pinato (PP-SP), o economista e presidente do Insper, Marcos Lisboa; além de representantes de instituições como a Frente Nacional de Prefeitos, a Confederação Nacional das Indústrias e a Associação Nacional dos Magistrados do Trabalho.

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